A intenção dos ativistas gays de obrigar as igrejas a realizarem casamentos entre pessoas do mesmo sexo através da retirada da isenção fiscal das denominações que se recusarem a celebrar tais uniões pode terminar sendo levada adiante.
A opinião pessimista partiu do colunista Damon Linker, da revista The Week, em sua coluna semanal: “Depois da decisão da Suprema Corte que declarou o casamento entre pessoas do mesmo sexo como um direito constitucional, isso está combinado com leis que proíbem a discriminação contra os homossexuais – que já existem em bem mais de uma dúzia de estados e em breve estarão a nível federal – a ideia de eliminar as isenções fiscais religiosas poderia ser poderoso”, ele escreve.
Assim como no Brasil, as igrejas nos Estados Unidos são isentas de impostos pois são tratadas como entidades sem fins lucrativos. Por lá, quem doa aos trabalhos sociais promovidos pelas igrejas pode deduzir o valor de parte de seus rendimentos tributáveis no Imposto de Renda.
“As igrejas foram dispensadas [da cobrança de impostos] porque se presume que vão desempenhar um papel social vital importância – um papel essencial para seu autogoverno – de incutir a virtude moral em cidadãos”, diz Linker, que argumenta que agora as pessoas devem se manifestar se opondo às propostas de ativistas gays que querem o fim da isenção fiscal, pois ela é essencial para que as igrejas continuem funcionando.
“A remoção destas isenções seria um fardo extremamente pesado para muitos, e um fardo catastrófico para alguns”, diz ele.
Segundo informações do Christian Headlines, as igrejas têm tido isenção fiscal nos Estados Unidos desde a independência da nação. Já o Imposto de Renda foi criado em 1913, mas nunca foi cobrado das igrejas.
“A eliminação de isenções fiscais para as igrejas deve ser combatida por todos os americanos, de forma igual por liberais e conservadores”, conclui Linker.