Voltou a viralizar nas redes sociais a denúncia feita por alunas evangélicas de uma escola pública situada em Olinda, Pernambuco, que foram impedidas de entrar na unidade de ensino, segundo as estudantes, porque estavam utilizando saias e não calça comprida.
As estudantes do 2° e 3° ano do Ensino Médio são membros da Igreja Assembleia de Deus, que em determinadas unidades do país ainda mantém a utilização de saias por parte das mulheres como uma doutrina, motivo pelo qual as alunas evangélicas se recusaram a utilizar calças.
O caso foi parar na Rede Globo, que fez uma reportagem indo até o local do ocorrido, na Escola Estadual Padre Francisco Carneiro. Uma das estudantes evangélicas chegou a ficar emocionada ao relatar a discriminação, dizendo que tinha provas para fazer e foi barrada.
Outra aluna disse que a porta da escola foi fechada na “cara” delas, também demonstrando indignação com o fato. Segundo a jovem, a ordem de não permitir a entrada das evangélicas foi dada sob o argumento de que as saias estariam curtas.
Pelas imagens transmitidas pela Globo, no entanto, é possível observar que as estudantes estavam utilizando saias de tamanho apropriado. A mãe de uma das estudantes evangélicas esteve no local e confirmou a discriminação sofrida pela filha.
Posicionamento
Por meio de nota enviada a Globo na época, a Secretaria Estadual de Educação local informou que o caso foi averiguado e que medidas cabíveis seriam tomadas. Com o resgate da denúncia nas redes sociais, muitos voltaram a externar indignação com a discriminação sofrida pelas alunas evangélicas.
“Se elas tivessem nua talvez elas tinham entrado, hoje o que não tá podendo é se dizer q é evangelico [sic]”, comentou uma internauta no perfil Assembleianos de Valor. “Quem é assembleiano raíz já passou por isso, diretores e professores na minha época nunca zombaram de mim… Mas os alunos😢 era bullying todo dia”, reiterou outra internauta.
Com tantos casos de perseguição à liberdade religiosa atualmente, o caso que ocorreu em 2012 voltou a circular nas mídias como se fosse atual. Apesar de antigo, no entanto, a recordação serviu para lembrar o quanto estudantes cristãos sofriam e continuam sofrendo discriminação em escolas e universidades do país. Assista: