O ex-ativista LGBT Matthew Grech tem propriedade para falar sobre o risco de leis que visam amordaçar os cristãos. Isto é, precisamente, a liberdade de expressão, o que inclui a religiosa. Isso, porque, ele mesmo já se tornou vítima de uma medida desse tipo em seu país, Malta.
Desde que testemunhou a sua conversão a Cristo e o abandono da homossexualidade durante uma entrevista para a TV, Grech passou a enfrentar várias acusações, incluindo a de violar uma lei local de “Proteção da Orientação Sexual, Identidade e Expressão de Gênero de Malta”.
“Eles queriam entender por que vejo a sexualidade de maneira diferente como cristão e por que faria tal coisa, apenas deixando e abandonando a homossexualidade como uma prática de identidade. Então, estávamos discutindo isso. Foi científico, foi prático, foi espiritual, foi uma conversa muito interessante”, disse ele.
O ex-ativista LGBT se referiu à entrevista concedida nos bastidores do programa “X-Factor”, do qual ele participou em 2018. Na ocasião, ele disse aos apresentadores que “costumava levar um estilo de vida homossexual, e depois encontrei Deus”.
“Pode haver amor entre dois homens e duas mulheres? Sim. Mas apenas amor de amizade. Tudo o mais é pecado”, afirmou Grech na ocasião. Após o episódio, o jovem foi comunicado pelas autoridades locais que haviam três denúncias contra ele.
Batalha jurídica
Grech disse que foi à delegacia junto com o seu advogado, e lá permaneceu em silêncio. Contudo, desde então ele vem enfrentando processos e correndo o risco de ser preso ou pagar multas, caso não consiga mais recorrer e acabar sendo condenado em última instância.
“É a primeira vez na minha vida que tenho que enfrentar um tribunal criminal por simplesmente compartilhar minha fé cristã”, desabafou o rapaz ao FaithWire. Para o ex-ativista LGBT, leis que proíbem manifestações contrárias à agenda LGBT são um erro grave.
Elas, diz ele, estão “criando muito estigma e intimidação na sociedade”, fazendo com que pessoas deixem de se expressar como poderiam, caso vivessem em um país de plena liberdade. “Essas leis não deveriam ter lugar em nenhuma nação”, alerta Grech.