Se Deus não estivesse na vida de Rita, uma cristã iraquiana que foi sequestrada pelo grupo terrorista Estado Islâmico quando tinha 26 anos, certamente ela hoje não estaria viva para contar o seu testemunho.
Rita vivia na cidade de Qaraqosh, no Iraque, também conhecida como “Bakhdida”. Ela tomou conhecimento de que o Estado Islâmico havia tomado a cidade de Mosul, mas apesar de saber que eles poderiam invadir a sua região, ela não quis fugir porque não queria deixar para trás o seu pai, um idoso.
O medo de Rita e outros cristãos se tornou realidade quando o Estado Islâmico invadiu Qaraqosh. Eles destruíram e saquearam casas, separaram famílias e sequestraram várias pessoas, colocando homens e mulheres em ônibus diferentes, entre eles Rita.
Na época com 26 anos, Rita foi chamada de “Maria” para ser vendida no mercado de escravas sexuais, em Mosul. Ela chegou a ser vendida quatro vezes, sendo a primeira para um militante do grupo terrorista, quando sua tortura física e psicológica teve início.
Ela e outra garota chamada Shatha, de apenas 14 anos, ficaram presas em uma casa onde eram obrigadas a ver gravações de assassinatos cometidos pelo Estado Islâmico. Em um dos vídeos, o próprio irmão de Shatha apareceu sendo decapitado. Além da tortura psicológica, ambas foram estupradas diversas vezes pelos jihadistas.
Apesar dos traumas profundos, Rita não perdeu a fé em Jesus Cristo. Quando foi questionada pelo torturador se estava com medo, ela disse: “Eu não tenho medo de ninguém além de Deus”.
Vendida para outro muçulmano saudita na Síria, Rita dessa vez foi torturada também por um mulher, que segundo ela tinha problema mental, já que lhe espancava diversas vezes até ver o sangue saindo do seu nariz e lhe alimentar apenas com pão e água.
Rita só foi libertada em setembro de 2017, quando às Forças Democráticas da Síria lançaram uma operação militar para expulsar o Estado Islâmico do leste do país. Na ocasião, a cidade de Deir Ezzor foi desocupada, trazendo alívio para centenas de pessoas.
O momento do reencontro de Rita com o seu pai foi registrado pela imprensa local, após ela receber ajuda da União das Mulheres Siríacas, em Qamishli, uma cidade no nordeste da Síria, onde aos poucos ela e outras vítimas do terrorismo islâmico se recuperam dos traumas físicos e psicológicos.
Assista abaixo o momento do reencontro: