A menção de Bolsonaro à perseguição religiosa a cristãos na ONU, com o termo cristofobia, foi avaliada pelo ministro das Relações Exteriores como uma decisão inovadora e corajosa.
Araújo, que anteriormente já havia elogiado a postura diplomática do Brasil, alinhada com a fé cristã e seus valores e também aos princípios políticos defendidos por Israel na comunidade internacional, destacou que o discurso do presidente na Assembleia Geral da ONU lança luz sobre um tema pouco tratado na sociedade.
“É um conceito que já existe, o presidente não é o primeiro a usar”, disse Araújo em entrevista à CNN Brasil. “Acho que há uma consciência insuficiente ao redor do mundo sobre a cristofobia. Inclusive em países que já foram de maioria cristã, e onde às vezes a fé cristã é denegrida, atacada, quando outras fés não o são”, acrescentou o ministro.
Bolsonaro chamou os países que integram a ONU à ação para a defesa de um dos direitos humanos fundamentais: “A liberdade é o bem maior da humanidade. Faço um apelo a toda a comunidade internacional pela liberdade religiosa e pelo combate à cristofobia”, disse o presidente no discurso de abertura da Assembleia Geral.
Para o ministro Ernesto Araújo, o discurso de Bolsonaro na ONU foi “relevante, inovador e corajoso”, e rejeitou a percepção de que tenha havido exclusão de outras crenças no que se refere à liberdade religiosa: “No nosso caso, país majoritariamente cristão, 90% cristão, que tem no cristianismo parte de sua essência e identidade, nos sentimos na responsabilidade de chamar atenção especialmente para isso”, justificou.