A Parada Gay de São Paulo do último domingo, 07 de junho, continua repercutindo no meio evangélico, e agora, o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) convocou os líderes cristãos brasileiros a se posicionarem contra a agressão dos símbolos da fé.
Depois de um clamor generalizado nas redes sociais devido às imagens de um transexual fantasiado como Jesus e “pregado” a uma cruz com coroa de espinhos, e outras chacotas com ícones do cristianismo, Feliciano publicou um vídeo afirmando que os ativistas gays se acham acima da sociedade e livres de consequência.
Em sua introdução, assim como o pastor Silas Malafaia, Feliciano fez uma crítica à política de governo adotada pelas administrações petistas, que financiam as atividades da militância homossexual: “Estou indignado. Não estou falando do ataque ao meu site, porque isso eu sofro todos os dias. Mas ontem (domingo, 07 de junho) eles mostraram quem são, ativistas pagos com o dinheiro de cofre público – acredite nisso se quiser. São pessoas que não têm respeito a ninguém, preconceituosas, intolerantes, porque me acusam daquilo que eles fazem, e me chamam daquilo que eles são”, afirmou Feliciano.
O pastor e deputado federal foi além: “Estou indignado com o que aconteceu na Parada Gay em São Paulo, por terem pegado os símbolos da minha fé – que é a fé cristã – e exposto publicamente num ato de completa falta de respeito. Estou falando de pessoas que acham que o direito deles é maior do que o meu direito, que acham que podem pegar o meu Cristo, a cruz do meu Cristo, ou tudo que fala do meu Cristo e expor na rua, no meio de bandalheira”.
Para Feliciano, a mensagem que os ativistas gays pretendem deixar é de que eles “acham que a liberdade sexual deles é maior do que a minha liberdade de consciência e de expressão”, e afirmou que o direito à liberdade de expressão está sendo distorcido: “Eles dizem que isso que estão fazendo é liberdade de expressão. Ou seja: pegar um crucifixo e colocar num orifício do seu corpo é só uma liberdade de expressão… quebrar imagens de santos na rua é só uma liberdade de expressão… pegar um gay, um travesti e colocar ele numa cruz é só liberdade de expressão… colocar alguém fantasiado de Jesus beijando outro gay na boca é só uma liberdade de expressão. O Código Penal brasileiro não diz isso. O artigo 208 diz que isso é crime, mas é um crime que ninguém mais dá nada por isso”, lamentou.
Por fim, o pastor convocou os colegas de ministério e lideranças evangélicas e católicas para agirem contra a banalização da fé: “Cadê os grandes líderes? Cadê os líderes das grandes denominações evangélicas, principalmente do estado de São Paulo? Cadê os líderes da Igreja Católica? Eles feriram a minha fé, a sua fé. O nosso silêncio faz esse pessoal crescer. Até quando, vocês que são cristãos, que são contra essa parafernália, essa desgraceira toda que está acontecendo no nosso país, vão ficar trancados nos seus gabinetes, atrás dos seus computadores, em silêncio, vendo três ou quatro cristãos do nosso país, apenas, tentando carregar no ombro um fardo tão pesado como esse?”, questionou.
Ao final, ele ainda fez críticas à Justiça pela forma como trata os crimes contra a religião como se fossem menos importantes: É hora de a igreja fazer alguma coisa. Cadê os advogados, os juristas cristãos desse país? […] Porque ninguém faz nada? ‘Ah, pastor, ninguém faz nada porque não vai dar em nada’ Eu sei. Eu conheço a Justiça de São Paulo. Eu processei um grupo de humoristas por coisas piores do que isso aí e acabou não dando em nada. Mas é por isso que nós vamos nos calar? E se houver uma ação coletiva, nacional? Eu fico imaginando e sonhando com o dia em que o líder da Assembleia de Deus, minha denominação, vai escrever uma carta e mandar para a imprensa. O líder da Igreja Mundial, da Igreja Universal, da Igreja da Graça, do movimento M12, Igreja Batista, o líder de igrejas que ainda são cristãs de verdade, da Igreja Católica [vai fazer o mesmo]”.
Assista: