A eterna guerra entre a Igreja Universal do Reino de Deus e a TV Globo ganhou um novo capítulo recentemente após a inauguração do Templo de Salomão.
A direção da emissora da família Marinho teria recomendado aos seus jornalistas que sempre que possível omitissem o nome do megatemplo erguido pelo bispo Edir Macedo, segundo informações do jornalista Daniel Castro.
Na última terça-feira, um acidente de trânsito na avenida Celso Garcia, em São Paulo, virou notícia nas principais mídias do país porque um ônibus coletivo destruiu o portão do Templo de Salomão e invadiu o local.
No telejornal local Bom Dia São Paulo, os jornalistas da TV Globo se limitaram a dizer que o ônibus invadiu um “templo evangélico”, e priorizaram as informações sobre o impacto que o acidente estava causando ao tráfego na região.
A rixa entre Universal e Globo é antiga, e o capítulo envolvendo o Templo de Salomão começou na inauguração do mesmo, quando as equipes de reportagens de todas as emissoras de TV que cobriram o evento foram cumprimentadas pelo mestre de cerimônias, com exceção da Globo, que havia enviado jornalistas ao local.
Em contrapartida, a Globo “foi extremamente econômica” na cobertura da inauguração do Templo de Salomão, segundo Castro. “Não existe uma proibição para citar o Templo de Salomão, mas há uma orientação para só falar o nome da igreja ‘quando realmente for necessário’. Procurada, a Comunicação da Globo se limitou a confirmar que não há proibição de citar o nome da igreja”, acrescentou o jornalista.
No dia seguinte à inauguração do megatemplo da Igreja Universal do Reino de Deus, a Globo dedicou apenas 27 segundos no telejornal Bom Dia São Paulo para noticiar a inauguração, citando as presenças da presidente Dilma Rousseff (PT); do governador do estado, Geraldo Alckmin (PSDB); e do prefeito Fernando Haddad (PT).