Um caso de violência doméstica durante um culto em uma igreja evangélica de Cuiabá (MT) foi registrado na última semana. Um homem invadiu o templo e agrediu a esposa por ela se recusar a ir para casa no momento em que ele exigiu.
O homem em questão, identificado pela Polícia Militar – que atendeu a ocorrência no bairro São Francisco, na capital mato-grossense – como Marcelo Ferreira dos Santos Barbosa, tem 35 anos. Ele atingiu sua esposa, de 29 anos, com um soco na boca.
De acordo com informações da TV Centro América, no Boletim de Ocorrência (B.O.), a PM informou que o homem chegou no templo exaltado e exigindo que sua esposa voltasse para casa. No entanto, quando ela se negou a ir imediatamente, ele a agrediu, derrubando-a no chão.
Os demais fiéis intervieram e acionaram a Polícia Militar, que efetuou a prisão do acusado mesmo após ele tentar fugir do local.
Violência doméstica
Os casos de agressões devem ser combatidos pelas igrejas evangélicas, na visão da pastora Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos. Durante uma reunião na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, Damares Alves apresentou o projeto “Salve Uma Mulher”, o qual, segundo ela, deverá contar com o apoio das lideranças religiosas, como os pastores.
“Muitas mulheres chegaram na igreja com o olho roxo e só receberam uma oração. Está na hora desses líderes religiosos também entenderem que nós vamos orar pelas mulheres, nós vamos pegá-la pela mão e levá-la até a delegacia”, disse Damares.
A ministra fez uma crítica ao comportamento passivo e até omisso de alguns líderes religiosos para com à violência doméstica, cobrando urgência dos mesmos. “A igreja vai ter que fazer o seu papel social”, disse. “Vou fazer esse enfrentamento. Vamos enviar uma proposta em que a pena por abuso seja agravada se for cometida por um líder religioso”, disse ela na Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM).