O primeiro-ministro conservador Viktor Orbán, da Hungria, voltou a se posicionar em defesa dos valores tradicionais familiares, exaltou a herança judaico-cristã na formação da moral no Ocidente e rejeitou a ideologia de gênero durante uma palestra no CPAC realizado no Texas, EUA.
Durante seu discurso, Orbán afirmou que há um “choque de civilizações” em curso, já que progressistas desejam suplantar os valores que estabeleceram a Europa ao longo dos últimos séculos.
“Um político cristão não pode ser racista”, declarou, acusando os progressistas de tentar separar a civilização ocidental de suas raízes cristãs:
“Se você separar a civilização ocidental de sua herança judaico-cristã, as piores coisas da história acontecem. Sejamos honestos, as coisas mais malignas da história moderna foram realizadas por pessoas que odiavam o cristianismo. Não tenha medo de chamar seus inimigos pelo nome. Você não pode jogar pelo seguro, mas eles nunca mostrarão misericórdia”, disse o primeiro-ministro húngaro.
“Os horrores dos nazistas e comunistas aconteceram porque alguns estados ocidentais da Europa continental abandonaram os valores cristãos e os progressistas de hoje estão planejando fazer o mesmo. Eles querem desistir dos valores ocidentais e criar um mundo novo, um mundo pós-ocidental. Quem vai detê-los se não o fizermos?”, questionou, de acordo com informações do The Guardian.
O mandatário húngaro afirmou que seu país se posiciona como uma “nação do tamanho de Davi contra o Golias globalista”. Essa postura vem sendo reiterada com as eleições parlamentares que sustentam seu governo, e com a eleição da presidente Katalin Novák, uma política cristã que recentemente visitou o Brasil e se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro (PL).
No discurso durante a Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) realizada no Texas, Viktor Orbán destacou o fato de que um referendo na Hungria “rejeitou os programas de orientação sexual nas escolas sem o consentimento dos pais” e disse que a Constituição do país protege o casamento tradicional.
E ainda acrescentou que o repúdio à ideologia de gênero é a posição da maioria no país: “Resumindo: a mãe é mulher, o pai é homem. Deixe nossos filhos em paz. Ponto final. Fim de discussão!”.