A legalização da união entre pessoas do mesmo sexo pela Suprema Corte dos Estados Unidos serviu de apoio para que a direção da Igreja Episcopal seguisse o mesmo caminho, autorizando os sacerdotes a celebrarem cerimônias de casamento gay.
O anúncio foi feito na última quarta-feira, 01 de julho, após uma reunião da direção da denominação, que confirmou que a inspiração partiu da decisão tomada pela Justiça.
“Como a lei permite, os cânones permitirão de agora em diante o casamento dentro da igreja de todos os casais”, anunciou a Igreja Episcopal em sua conta no Twitter.
A decisão foi tomada durante uma convenção geral da Igreja Episcopal, que vem sendo realizada em Utah, e que resultou na eleição do bispo Michael Curry como o próximo presidente da denominação. Curry é o primeiro negro que chega ao cargo.
Porém, a igreja destacou que a decisão tomada não obriga os sacerdotes que discordam da prática a celebrar as uniões homossexuais, e não serão estabelecidas punições para estes, de acordo com informações do G1.
A Igreja Episcopal é uma ramificação da Comunhão Anglicana, que tem mais de 80 milhões de membros, com templos em diversos países de todo o mundo.
A decisão tomada pela Igreja Episcopal segue o mesmo rumo que foi tomado pela Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos (PCUSA), uma denominação independente das demais Igrejas Presbiterianas e que adota uma interpretação mais secular e liberal das Escrituras.
Fim do casamento
A reação de políticos conservadores à decisão da Suprema Corte vem sendo bastante enérgica, e alguns parlamentares de estados onde o casamento gay era proibido já planejam acabar com o casamento civil para que as uniões homossexuais não sejam realizadas.
Um procurador-geral chegou a destacar que os direitos dos homossexuais não se sobrepõem aos dos heterossexuais, e que se algum servidor estadual ou funcionário de cartório se recusasse a emitir a licença de casamento para gays por questões de consciência religiosa, não poderia ser processado, pois o país tem a liberdade religiosa como um dos direitos intocáveis.