Dylann Roof, o racista que matou nove cristãos a tiros em Charleston, Carolina do Sul (EUA), disse que pretendia iniciar uma guerra racial com seu ato quando foi preso. Aparentemente, sua intenção de intensificar o conflito está sendo bem-sucedida, pois igrejas de negros vêm sendo incendiadas em todo o país.
Sete templos foram incendiados em cinco estados diferentes nas duas últimas semanas, segundo informações veiculadas pelo Think Progress.
O ataque mais recente aconteceu ao templo da Igreja Episcopal Africana Monte Sião, em Williamsburg, na Carolina do Sul, na última terça-feira, 30 de junho. As autoridades suspeitam de incêndio criminoso.
Episódios similares foram registrados em outras seis congregações, em um espaço de oito dias. O primeiro, aconteceu dia 22 de junho, à Igreja Adventista do Sétimo Dia College Hills, na cidade de Knoxville no Texas, e os bombeiros confirmaram que o incêndio havia sido provocado.
No dia seguinte, em Bacon, Geórgia, a Igreja de Cristo Poder de Deus, que tem a maioria de membros da raça negra, foi incendiada de forma intencional, de acordo com a Polícia da cidade.
No dia 24 de junho, a Igreja Batista Briar Creek, em Charlotte, Carolina do Norte, foi alvo de incêndio criminoso, segundo o Corpo de Bombeiros. O fogo destruiu o templo e um ginásio da igreja, e o prejuízo é estimado em cerca de US$ 250 mil, o equivalente a R$ 790 mil pela cotação atual do dólar.
No mesmo dia, a Igreja Presbiteriana Fruitland, em Gibson, Tennessee, também foi incendiada, mas as causas ainda não foram esclarecidas.
No dia 27/06, outras duas igrejas foram alvo de incêndio: a Igreja Batista Glover Grover, em Warrenville, Carolina do Sul, e a Igreja Apostólica Santidade é o Milagre Maior, em Tallahassee, na Flórida. Nesta última, o prejuízo é estimado em US$ 700 mil (R$ 2,2 milhões).