A perseguição religiosa aos cristãos está presente no mundo inteiro. Muito embora esta seja uma realidade ignorada por grande parte da sociedade, especialmente das grandes mídias, organizações independentes buscam fazer o possível para alertar sobre a necessidade de medidas protetivas em favor da liberdade de culto.
Uma dessas organizações é à Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), uma organização católica dedicada ao apoio de cristãos que sofrem e são perseguidos em diversos países. Há alguns anos a entidade realiza uma campanha de conscientização, iluminando igrejas e outros edifícios de vermelho, a fim de chamar atenção para os mártires da fé.
Iniciada em 20 de novembro na Austrália com a iluminação de sete catedrais, incluindo às de Sydney e Melbourne, até 27 de novembro edifícios em Londres, Amsterdã, Lisboa, Praga e Washington (EUA) também vão aderir à campanha.
No total serão milhares de igrejas e edifícios iluminados na chamada “Quarta-feira Vermelha”. Apenas nas Filipinas serão 2.050 igrejas paroquiais de 68 dioceses diferentes sendo iluminadas.
É importante destacar que no quesito perseguição religiosa os cristãos de diferentes segmentos, como evangélicos e católicos, compartilham do mesmo sofrimento em países, por exemplo, de maioria muçulmana ou hindu, como na Índia, ou regidos por políticas ditatoriais como o comunismo na China, Coreia do Norte ou Vietnã.
“É um fato estabelecido que a religião mais perseguida no mundo hoje é o cristianismo, embora muitas pessoas não estejam cientes disso. Por muitos anos, a ACN, com filiais em muitos países, trabalha para fazer ouvir a voz desses cristãos sem voz. Igualmente importante é a campanha de oração e apoio da ACN aos cristãos que sofrem em todo o mundo”, explicou o cardeal Joseph Coutts, segundo a ACN.
Pode-se dizer que o destaque para o alerta da “Quarta-feira Vermelha” desse ano é sobre os diferentes tipos de perseguição religiosa, algo que tem aumentado, por exemplo, através dos discursos de ódio da esquerda contra os evangélicos na América Latina.
“A perseguição de uma religião pode assumir várias formas. Pode ser como os ataques brutais diretos realizados pelo Daesh (ISIS) no Iraque e na Síria contra cristãos e yazidis, ou pode assumir formas mais sutis, como discriminação, ameaças, extorsão, sequestro e conversão forçada, negação de direitos ou restrição da liberdade”, conclui Coutts.