A insatisfação dos brasileiros com sua presidente começa a ganhar contornos mais definidos nesse começo de 2015, quando a popularidade de Dilma Rousseff (PT) despencou, poucos meses após sua apertada reeleição.
Um protesto que pede o impeachment de Dilma, marcado para o próximo dia 15 de março, ganha força nas redes sociais, e de acordo com um levantamento feito por uma consultoria, 1 milhão de usuários do Facebook confirmou presença nos eventos que acontecerão, nessa data, em diversas cidades do Brasil.
A empresa Bites conseguiu identificar 37 manifestações pela remoção da presidente agendadas na rede social para o dia 15 de março, de acordo com informações do jornalista Felipe Patury.
“Cinquenta dias depois de começar o segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff enfrenta uma onda pró-impeachment na internet. A consultoria Bites encontrou no Facebook 37 manifestações pela interrupção do mandato de Dilma, todas marcadas para o fatídico 15 de março. Mais de 1 milhão de pessoas confirmaram presença. A Bites checou seus perfis para evitar dupla contagem”, escreveu o jornalista em sua coluna no site da revista Época.
O pedido popular pelo impeachment de Dilma Rousseff é motivado pela descrença de que a presidente não tinha conhecimento dos casos de corrupção na Petrobrás, já considerado o maior escândalo da história do país se for levado em consideração o montante desviado dos cofres da empresa para financiar projetos políticos do PT e seus aliados.
A mesma empresa fez um levantamento da quantidade de publicações no Twitter que contém a palavra impeachment associada ao nome da presidente. A descoberta causa espanto: somente nos primeiros 20 dias de fevereiro o tema se repetiu 97 mil vezes.
Uma petição pelo impeachment no site da Avaaz, entidade que se dedica à divulgação de petições públicas, conta mais de 2 milhões de assinaturas.
No começo deste mês, pesquisas realizadas junto ao eleitorado demonstraram que os brasileiros consideram a presidente mentirosa e desonesta, com 44% desaprovando sua administração. O Instituto Paraná Pesquisas averiguou que se o segundo turno da eleição presidencial tivesse acontecido em janeiro, Dilma não seria reeleita.