O governo de Israel concluiu uma operação de remoção de minas terrestres e restos de material de guerra do vale do Rio Jordão, na Cisjordânia. As bombas eram resquícios da Guerra dos Seis Dias, e limitavam o acesso à área que se acredita ter sido o local do batismo nas águas de Jesus.
Uma igreja construída na área foi reaberta ao púbico após a conclusão da operação, iniciada no primeiro semestre de 2018. O portal israelense Haaretz informou que uma equipe internacional de desminadores israelenses, palestinos e georgianos, que há anos pretende livrar a área de minas terrestres, conseguiu finalizar a operação.
A região ficou fechada por quase 50 anos, uma vez que as minas terrestres haviam sido instaladas na área em 1968 como forma de impedir atentados terroristas por parte de grupos extremistas palestinos após a Guerra dos Seis Dias.
Várias outras igrejas, apelidadas de “fantasmas“, construídas próximo ao local onde João Batista teria encontrado Jesus para batizá-lo, permanecem fechadas pois somente 50 dos 250 acres (mais de 1 milhão de M²) foram limpos. Apenas o templo Qasr al-Yahud, a igreja etíope, foi oficialmente reinaugurada no domingo, 09 de dezembro.
Os desminadores esperam limpar o terreno de vários outros mosteiros até o final de 2019 e reabri-los ao público também. O coronel Max Nudelman, do Corpo de Engenharia, revelou que mil minas foram removidas, mas pelo menos o dobro continuam enterradas.
O local de batismo de Jesus é tido como um dos lugares mais sagrados para várias tradições cristãs, assim como a Igreja da Natividade em Belém, construída onde se acredita que Jesus nasceu, e a Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém, onde o Cristo teria sido sepultado após a crucificação.
Moshe Hillman, da Autoridade de Ação Contra Minas, revelou o que foi encontrado quando o templo foi aberto após a conclusão da remoção das minas terrestres: “Quando abrimos as portas, encontramos um mundo intocado, com cruzes, carrinhos de mão e garrafas de vinho meio vazias”.