O ativista gay e candidato a reeleição como deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) voltou a responsabilizar o pastor Silas Malafaia por ataques violentos realizados contra homossexuais.
Em seu perfil no Twitter, Wyllys afirmou que o ímpeto de violência contra a população LGBT nasce a partir de “discursos de ódio”, como ele se refere às falas do pastor Malafaia e de outros líderes contrários à prática homossexual.
O pano de fundo para as novas críticas de Wyllys a Malafaia foi a agressão sofrida pelo fotógrafo Zé Britto, homossexual assumido. Britto registrava um grafite no Catete, Rio de Janeiro, quando foi agredido a vassouradas por uma pessoa que teria gritado que a “surra” era por causa de sua opção sexual.
“Dias atrás denunciei aqui a revista de conteúdo homofóbico e medieval distribuída no RJ pelo dep. Édino Fonseca. O material do deputado e pastor fundamentalista anunciava ‘os planos do anticristo’ e propunha contra eles: Marina Silva presidenta. O material era tão bizarro que a campanha de Marina soltou nota dizendo que não tinham autorizado nem concordavam com o conteúdo […] No Amapá, o companheiro Waldir Bittencourt, ativista gay, e candidato a deputado federal pelo PSOL, foi agredido enquanto fazia campanha […] O fotógrafo Zé Britto foi agredido ontem, só por ser gay, na Zona Sul do Rio, enquanto exercia o seu trabalho. Alguém perguntará o que tem a ver a revista medieval com as agressões contra Waldir e contra o Zé. Diretamente, não estão relacionados. Mas cada pedra jogada contra um veado no Amapá, cada lâmpada quebrada em uma bicha na Paulista, cada travesti espancada até a morte, cada lésbica agredida num lugar público, cada agressão física contra um de nós, LGBTs, começa a nascer de um discurso de ódio. Começa a nascer de um discurso do pastor MALAFAIA, de um panfleto de Édino Fonseca, de uma fala do deputado viúvo da ditadura. Um discurso de ódio que começa a nascer de um/a governante ou candidato/a que cala a boca diante do ódio contra LGBTs em troca de votos”, criticou Jean Wyllys.
Em sua publicação, Wyllys faz acusações indiretas também ao colega de Câmara dos Deputados, Jair Bolsonaro (PP-RJ), conhecido por ser um ácido combatente das propostas dos ativistas gays.
13. Começa a nascer de um discurso do pastor MALA-FAIA, de um panfleto de Édino Fonseca, de uma fala do deputado viúvo da ditadura,
— Jean Wyllys (@jeanwyllys_real) 25 setembro 2014