O ex-presidente Lula (PT) pleiteou na Justiça a autorização para receber visitas de lideranças religiosas na prisão, mas seu pedido foi negado pela juíza responsável por supervisionar a prisão do líder petista na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR).
A juíza Carolina Lebbos negou o pedido de Lula para receber “visitas religiosas” fora da agenda estabelecida para os presos que estão na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Os advogados do ex-presidente queriam que ele pudesse receber não apenas um padre – já que ele se declara católico – mas também diversos outros líderes religiosos.
Segundo informações do portal O Antagonista, os desejos ecumênicos de Lula ainda vinham com a intenção de receber as visitas, dos diversos sacerdotes, ao menos uma vez por semana. O critério usado pela PF para regular as visitas religiosas a que os presos têm direito é muito diferente: uma vez por mês.
Lebbos afirmou que no caso do ex-presidente não ocorreriam “visitas religiosas”, mas sim “visitas de religiosos”, que encontrariam o político para falar de política. Em 2018, Lula foi visitado por padres, pastores, monges, pais de santo e até um rabino.
“Não se pode, a pretexto da garantia ao atendimento religioso, buscar burlar o regime de visitação existente no estabelecimento prisional […] O regime de ‘visitas de religiosos’ verificado configurava evidente violação à isonomia em relação aos demais detentos do estabelecimento prisional”, escreveu a magistrada em sua decisão para negar o pedido dos advogados de Lula.
Atibaia
O novo juiz da Lava Jato, Luiz Antonio Bonat, que substituiu Sérgio Moro, intimou defesas do ex-presidente e outros seis condenados a se manifestarem antes de remessa do processo que envolve o sítio de Atibaia para o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que julgará o processo em segunda instância.
Lula foi condenado pela juíza Gabriela Hardt, então substituta, a cumprir 12 anos e 11 meses de prisão por recebimento de R$ 1 milhão em propina das empreiteiras investigadas na Operação Lava-Jato, em forma de obras no sítio, que formalmente é de propriedade do empresário Fernando Bittar, mas era usado pelo ex-presidente e sua família.