A acusação feita pela jornalista Patrícia Lélis contra o pastor Marco Feliciano (PODE-SP) de estupro e agressão foi arquivada pela Justiça após um pedido do Ministério Público. O caso tramitava em segredo de Justiça e a decisão foi publicada na última quinta-feira, 13 de dezembro.
O processo por “crimes de estupro, lesões corporais, sequestro, cárcere privado, ameaça e corrupção de testemunha” foi arquivado pelo juiz da 4ª Vara Criminal de Brasília, Aimar Neres de Matos. O pedido de arquivamento feito pelo MP do Distrito Federal considerava que o correto seria encerrar o caso “por não vislumbrar elementos mínimos para a propositura de ação penal”.
Um laudo encomendado pela Justiça concluiu que a jovem sofria com “isolamento social”, cansaço e problemas de sono na época da denúncia, segundo informações do jornal O Globo.
Quando fez a denúncia, Patrícia Lélis terminou investigada e virou ré em São Paulo por tentar extorquir o então chefe de gabinete do deputado, Talma Bauer, e fazer denunciação caluniosa, por dizer que havia sido coagida a gravar vídeos desmentindo as acusações que havia feito inicialmente.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, Patrícia Lélis declarou que sustenta as acusações feitas contra Feliciano: “Meu lado continua sendo o mesmo, não sou louca ou afins como eles dizem, como também não sou a primeira! Apenas fui a primeira a denunciar”, afirmou, antes de repetir outra acusação, desta vez ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP): “[Ele] me ameaçou de morte, pelo menos isso o STF tem levado à frente”.
“Devido às ameaças de morte que eu sempre recebi deles, não moro mais no Brasil”, disse Lélis na entrevista via WhatsApp à jornalista Anna Virginia Balloussier, acrescentando que a pastora Damares Alves, futura ministra de Mulher, Família e Direitos Humanos, sabia do caso e lhe pediu silêncio.