Um dos principais pilares da Igreja Cristã primitiva foi o ensino da Palavra de Deus estritamente baseado nas palavras de Jesus e na revelação dos profetas, algo que os apóstolos chamaram de “sã doutrina”. Contudo, o avanço do liberalismo teológico nas últimas décadas tem promovido um efeito devastador, contrário a tudo isso.
Como resultado, igrejas em várias partes do mundo vêm sentindo os efeitos do progressismo em seus números, sendo uma delas a Episcopal, que viu uma redução de 60 mil membros em 2021, com 1,678 milhão de batizados contra 1,736 milhão registrados em 2020.
Em um comparativo maior, considerando o número de membros da Episcopal em 2021 em relação a 2012, o declínio numérico é de 400 mil fiéis a menos, segundo informações divulgadas pelo portal Christian Post.
Liberalismo teológico
Apesar da pandemia ter impactado a frequência e permanência dos fiéis nas igrejas durante a pandemia, o declínio da Igreja em regiões como a Europa e Estados Unidos já vem sendo observado bem antes disso, tendo como vilão o liberalismo teológico que invadiu os púlpitos.
“Em vez de se submeterem à Escritura Sagrada, Palavra inspirada pelo Espírito de Deus, professores de teologia abraçaram filosofias como o existencialismo ou o marxismo como chave para interpretação da realidade, rompendo assim com a fé cristã”, pontuou o teólogo e pastor Franklin Ferreira em um artigo publicado sobre o assunto, em 2020.
O progressismo teológico é uma corrente de pensamento que relativiza a autoridade das Escrituras, tendo por objetivo, rasteiramente falando, moldar os ensinamentos da Igreja aos valores e costumes da cultura vigente.
No caso da Episcopal, por exemplo, a ordenação de um bispo assumidamente homossexual ocorreu em 2003, quando Gene Robinson foi ordenado, fazendo com que várias congregações rompessem com a denominação.
“O quadro geral é terrível. Não tanto de declínio quanto de morte na próxima geração, a menos que as tendências mudem significativamente”, alertou em 2020 o reverendo Dwight Zscheile. Para saber mais a esse respeito, leia a matéria abaixo:
Apostasia? Em queda histórica, mais de 50% dos alemães não estão em uma igreja