Victor Arden Barnard, um pastor norte-americano procurado por 59 acusações de agressões sexuais no estado de Minnesota (EUA), foi preso na última sexta-feira, 27 de fevereiro, no Rio Grande do Norte.
Barbard, 53 anos de idade, estava desaparecido desde o ano passado, e era procurado por abusar sexualmente de meninas entre os anos de 2000 a 2012, segundo informações do jornal O Globo.
O homem fazia parte da lista de 15 mais procurados dos Estados Unidos e tinha se tornado alvo da Interpol. O superintendente da Polícia Federal no Rio Grande do Norte, Paulo Henrique Oliveira, disse que Barnard era procurado internacionalmente desde abril de 2014.
As acusações de abusos sexuais surgiram em 2012, quando duas mulheres resolveram denunciá-lo por abusos sexuais sofridos desde os 12 e 13 anos, depois de se juntarem à igreja River Road Fellowship.
A denominação é considerada uma seita, pois Barnard teria passado a se autodeclarar “Jesus em carne e osso”, e criado um grupo de meninas chamado “Maidens” (algo como “donzelas”), que defendia que as 50 integrantes deveriam permanecer virgens e nunca se casar.
Apresentando-se como uma divindade, Barnard abusava sexualmente das meninas, dizendo que “Cristo tinha tido relações sexuais com Maria Madalena e com outras mulheres que o seguiam, assim como o rei Salomão tinha dormido com muitas concubinas”, relataram algumas das vítimas.
“Ele ensinou que, na Bíblia, a igreja era a noiva de Cristo e porque ele era o Cristo em carne e osso, a igreja deveria estar casada com ele. Naquela época, eu realmente não entendia a plenitude do que ele quis dizer”, afirmou Lindsay Tornambe, que tinha 13 anos quando seus pais autorizaram que ela fosse viver com Barnard em um acampamento fechado, onde somente ele e as “donzelas” poderiam ir.