O que para alguns pode parecer um esporte violento e difícil de conciliar com o Evangelho de Jesus Cristo, para outros o MMA é nada mais do que uma modalidade de artes-marciais competitiva que pode ser usada, também, como instrumento de evangelismo entre os atletas do segmento.
Esse é o entendimento do campeão de MMA, Rory MacDonald. Convertido ao Evangelho, o lutador falou um pouco da sua experiência no octógono (local onde ocorre as lutas) e como se sente atualmente, sendo um cristão, uma vez que precisa machucar seus adversários.
O atleta falou da sua última luta de MMA na categoria peso meio-médio (77 kg) do Bellator, onde conseguiu um empate contra Jon Fitch pelas quartas de final do campeonato.
“Senti uma dificuldade interna durante a luta que eu nunca havia passado antes. Sempre aproveitei meu tempo no cage expressando ao máximo minhas técnicas contra outro lutador de alto nível, mas desta vez eu não estava aproveitando”, disse ele, segundo o UOL.
“Parecia mais um trabalho do que a satisfação que eu estava acostumado a sentir ao ser dominante e aplicar o que eu pratiquei para vencer alguém. Mesmo em meus momentos dominantes, eu me senti como se estivesse cumprindo uma tarefa. E este sentimento me deixou um pouco confuso, porque é novo”, acrescentou.
Rory MacDonald revelou que essa mudança se deve à sua conversão, algo que está aprendendo a interpretar na maneira como deve enxergar suas lutas de MMA, isto é, sem cultivar sentimentos ruins contra os seus adversários.
“Eu costumava lutar com a raiva que tinha dentro de mim, pela raiva que passei no passado. Para ser honesto, acho que isso vem da minha mudança de coração, uma vez que estou vivendo uma nova vida como cristão. O Senhor me deu paz e liberdade da dor que assombrou meu coração desde a minha infância”, revelou o lutador.
Por fim, MacDonald frisa que isso não o impede de lutar MMA, mas pelo contrário, será uma oportunidade para testemunhar o amor de Cristo em seu meio, para outros lutadores e também para os fãs.
“Eu ainda tenho e sempre vou ter uma paixão pelas artes marciais e não acredito, como cristão, que é errado para mim competir em um esporte profissional que é violento. Na verdade, estou feliz de testemunhar sobre ser cristão nesta plataforma que me foi dada. Para ser claro, não estou me aposentando da carreira no MMA. Sempre fui verdadeiro e honesto no esporte e falo de coração”, disse ele.