Um grupo de mães ativistas LGBT usou a Parada Gay em São Paulo no último domingo, 03 de junho, para defender a ideia de que existem crianças com orientação sexual definida pela homossexualidade.
Representadas pela ONG Mães Pela Diversidade – entidade apoiada pelo deputado federal Floriano Pesaro (PSDB-SP) – as ativistas desfilaram com uma faixa na divulgação de sua visão: “#ACriançaLGBTExiste”.
A imagem foi compartilhada nas redes sociais pelo promotor Guilherme Schelb, um dos principais opositores à erotização infantil nas escolas. Milhares de internautas reagiram à foto, com comentários críticos e de indignação com a bandeira das mães ativistas.
O Estatuto da Criança e do Adolescente define que até os 12 anos de idade, todas as pessoas são consideradas crianças, e como há leis que criminalizam a pedofilia e o abuso sexual infantil, o contexto conduz a uma compreensão de que, nessa altura da vida, nenhuma pessoa tenha atividade sexual. A indução a uma erotização precoce é o principal ponto de revolta entre o público conservador.
O procurador Guilherme Schelb compartilhou, em seu site, um artigo em que defende uma vigilância sobre a questão da sexualidade precoce. “Crianças com comportamento sexual especial (ou precoce) devem ser protegidas e cuidadas. Isto não significa aceitar passivamente o que desejam ou fazem, mas protegê-las de situações de risco ou humilhação”, orientou.
“Não se deve, porém, incentivar o seu comportamento especial, até porque como pessoas em desenvolvimento, estão sujeitas a diversas alterações de atitudes a cada etapa de seu desenvolvimento”, argumentou.
Em 2017, iniciativas que apontam para uma tentativa de doutrinação da sociedade foram alvo de protestos. A exposição “Queermuseu”, patrocinada pelo Banco Santander, tinha uma das instalações chamada “Criança Viada”, que posteriormente se tornou alvo de um painel de debate na USP. Outro caso foi o da performance do coreógrafo Wagner Schwartz, que se apresentava nu no Museu de Arte Moderna (MAM), com sessões abertas a crianças.
“Nossas crianças são puras, a pureza infantil tem que ser protegida. Não erotizem nossas crianças, não tirem nossas crianças do caminho, não transformem nossas crianças em adultos pervertidos como vocês são. Isso não pode mais continuar acontecendo! Até quando a sociedade vai se calar?”, protestou o pastor Marco Feliciano, à época.