“Por favor, nos respeitem”. Com essa afirmação, o senador Magno Malta resumiu sua indignação com o comando de campanha da presidente Dilma Rousseff (PT), que sugeriu a criação de um comitê voltado exclusivamente aos evangélicos para reaproximar o segmento do partido.
A ideia do comitê é evitar que os evangélicos adiram à campanha do pastor Everaldo, forçando um segundo turno nas eleições e sigam votando conforme sua orientação na parte final da campanha.
“Faltando 60 dias para terminar o pleito eleitoral, eles vão criar um comitê para captar o voto evangélico. Como assim? Vão fazer café, jantares, chás, convidar pastores, dar ‘A Paz do Senhor’, chamar de irmão? Quem é que vai estar?”, questionou Malta, antes de afirmar que ele não participaria do grupo se fosse chamado.
Malta demonstrou indignação com a forma que o PT tem tratado os evangélicos e disparou críticas contra as políticas públicas adotadas pelo governo de Dilma Rousseff que vão contra os princípios bíblicos.
“Esses comitês para focar no voto evangélico [serão criados] para dizer o quê? ‘Nos ajude a continuar lutando para legalizar o aborto, pela não redução da maioridade penal, para reeditar o PL 122”, ironizou o senador, que ainda criticou a aprovação da “famigerada lei da palmada que desmoraliza pai e mãe que não podem mais corrigir seus filhos”.
Magno Malta disse ainda que a postura do PT em relação aos evangélicos é de superioridade, e novamente ironizou ao supor o raciocínio dos líderes do partido: “’Ah, nos ajudem, porque vocês não tem conhecimento do que foi feito. Só quem tem conhecimento é a elite. Vocês não são elite, vocês não sabem o que nós fizemos [no caso da refinaria de] Pasadena [adquirida pela Petrobrás por um preço muito acima do praticado no mercado], vocês não têm conhecimento do mensalão’”, disse o senador.
Assista no vídeo abaixo: