Não são apenas ativistas ateus que tentam impedir a liberdade de expressão dos militares cristãos nos Estados Unidos. A comunidade LGBT local, ao que parece, também atua para impedir que os cristãos do Exército Americano deixem de falar contra a homossexualidade, segundo a Bíblia. É o que está acontecendo com o Oficial Coronel da Força Aérea, Michael Madrid.
Há 26 anos servindo na Força Aérea, Michael recebeu uma “Carta de Admoestação” de um comandante, devido a uma acusação de outro militar declaradamente gay, que durante um julgamento em 2014 onde foi condenado por má conduta, disse ter ouvido do Coronel Michael comentários preconceituosos sobre a homossexualidade enquanto trabalhava junto com ele.
O militar Michael negou as acusações, explicando que por ser cristão, possui apenas um entendimento sobre casamento e união afetiva segundo a doutrina bíblica cristã. Após apuração dos fatos, a Força Aérea decidiu absolver Michael da acusação e encerrar o caso.
Todavia, passados dois anos do incidente, outro comandante reabriu o caso decidiu que Michael havia mentido, julgando que os comentários dele sobre a homossexualidade não podiam ter sido feitos. Sua condenação foi a inclusão em seu histórico militar de uma “Carta de Admoestação”, considerada um péssimo registro para a carreira de um militar, especialmente da envergadura de Michel, que já possui várias condecorações.
“Eu sinto que todo o poder da Força Aérea está caindo sobre mim por causa da minha fé. Agora, depois de mais de um quarto de século de serviço a esta nação, sinto que tenho que constantemente olhar por cima do meu ombro. É incrivelmente intimidador”, disse ele, segundo informações do site Hello Christian.
Michel questiona principalmente o que considera uma atitude arbitrária do comandante, ao ressuscitar um caso encerrado há dois anos. Mike Berry, Diretor de Assuntos Militares, disse que “o Coronel Madrid é a última vítima da política extrema que está destruindo nossas forças armadas. Os militares nunca devem discriminar um membro do serviço por causa de suas crenças religiosas”.
Sobre a motivação do comandante para resgatar um caso que já estava encerrado, Mike também questionou: “o major McCoy não tem o direito de ignorar o estado de direito e arbitrariamente decidir, mais de dois anos depois do julgamento e sem qualquer nova evidência. Ele não pode punir o coronel Madrid desse jeito”.
Mike e Michael se articulam junto com uma organização chamada”Instituto da Primeira Liberdade”, para revogar a decisão e consolidar na Força Aérea os direitos garantidos pela “Primeira Emenda” americana, que garante a liberdade de crença e expressão a todos os seus cidadãos.