Na última semana a polícia indiciou um missionário da Igreja Evangélica Senhor Jesus Cristo pela morte do jovem Rafael Carvalho, de 15 anos, que morreu durante uma cerimônia de batismo no Rio Jacuí, em Restinga Seca, na região central do Rio Grande do Sul (RS) no dia 9 de setembro. O adolescente foi convidado a participar do batismo promovido pela igreja e, no momento da cerimônia, a correnteza do rio estava muito forte, e ele foi levado pelas águas.
O indiciamento do missionário responsável pela cerimônia de batismo se deu após a delegada Elisabete Shimomura, responsável pelo caso, concluir que o religioso agiu de forma imprudente, resultando na morte do rapaz.
Antes de indiciar o missionário pela morte de Rafael, a polícia ouviu sete testemunhas que estavam no local, além de familiares do adolescente e os responsáveis pela igreja a que pertencia o missionário.
Durante seu depoimento, a mãe do adolescente disse à polícia que não sabia que seu filho seria batizado naquele dia. Já o pastor responsável pela igreja afirmou que não tinha conhecimento sobre a realização da cerimônia de batismo. O missionário que realizou a cerimônia também foi ouvido na época, mas foi liberado. Agora, ele responderá pela morte de Rafael.
Na época do enterro do jovem, que aconteceu no dia 24 de setembro, seu pai falou sobre a perda do filho, que foi enterrado no túmulo que ele ajudou a construir.
– Sempre achei que eu ia morrer e eles iam me enterrar. Quando nós fizemos aquele buraco, ele me disse ‘pai faz um para mim junto’. E eu disse ‘não filho, vocês vão enterrar nós. Olha a crueldade da vida – declarou Idelmar Carvalho, pai de Rafael, segundo o G1.