A pastora Helena Tannure dedicou um sermão, no último domingo, 07 de março, à compreensão bíblica do papel feminino – a mulher virtuosa – por ocasião das comemorações do Dia da Mulher, celebrado internacionalmente em 08 de março.
A pregação, feita na Igreja Batista de Contagem (MG), teve o tema “Mulher Extraordinária”, e a pastora contextualizou a comemoração do Dia da Mulher: “Essa data faz alusão a uma barbárie — o assassinato de um grupo de mulheres que reivindicou melhores salários, numa tecelagem em Nova York. O dono da fábrica fechou as portas com as mulheres lá dentro e mandou atear fogo. Essas mulheres passaram a ser um símbolo de luta pela igualdade de direitos”, resumiu.
No entanto, a pastora criticou a “onda do movimento feminista” que se formou posteriormente, dizendo que houve distorção do propósito original: “As mulheres buscavam o direito de voz e de oportunidades”, disse.
Homens e mulheres iguais
Em sua pregação, Helena Tannure lembrou que o Evangelho iguala homens e mulheres: “Se foi por uma mulher que o pecado entrou no jardim [do Éden], também foi por uma mulher que Deus trouxe o Salvador à terra”, disse.
Jesus nasceu, sublinhou a pastora, em uma sociedade em que a mulher era desvalorizada: “Não somente através de seu nascimento, mas através de seu ministério, Ele restituiu à mulher a posição que ela havia perdido. As mulheres sustentavam financeiramente o ministério de Jesus e serviam aos discípulos de maneira próxima. Jesus deu voz às mulheres, num tempo em que elas não podiam falar”.
“Deus criou homem e mulher com direitos iguais. A liderança masculina sobre a mulher, depois do casamento, só aconteceu depois da queda. O Evangelho nos iguala. Então por que tem tanta violência contra a mulher ainda? Por que tem homens que batem em mulheres usando a Bíblia como argumento?”, repudiou.
“A mulher é uma dádiva de Deus e não um objeto de consumo”, desabafou a pastora, que teve o cuidado de não querer associar suas críticas à violência doméstica ao movimento feminista, que no seu entender, não representa as mulheres de maneira adequada.
“O feminismo mata o ‘feminino’. Não são as feministas que dão voz às mulheres. Jesus chegou primeiro, é Ele quem dá voz às mulheres até o dia de hoje. Nós somos ’empoderadas’ pelo Espírito Santo de Deus”, pregou.
“Não há maior ’empoderamento’ feminino do que criar a próxima geração de homens. Se gasta tempo demais reivindicando direitos. Ensina a criança no caminho que ela deve andar. Ensina seus filhos a tratar a mulher com dignidade e a enxergarem a mulher como uma dádiva, um presente de Deus e não como um objeto de consumo”, acrescentou.
Maternidade
Um dos alvos do movimento feminista é a legalização – e consequente banalização – da prática do aborto. Helena Tannure, então, destacou que a conexão entre mães e filhos, desde o ventre, é algo único, exclusivo das mulheres, mas que muitas delas relativizam e desprezam para perseguir “sucesso profissional”.
“Muitas poderiam viver com menos para dar seu melhor aos filhos: amor, afeto e talento”, avaliou, antes de fazer menção à mulher ilustrada em Provérbios como o padrão a ser perseguido “Voltemos ao plano de Deus. A mulher virtuosa é extraordinária. Ela está fora do padrão deste mundo. Ela é excelente e seu valor excede ao de finas jóias. Mulher, você tem um valor inestimável, você é única e exclusiva”.
“Nós fomos compradas pelo preço mais caro desse mundo. Mulher, você merece respeito. Que o prumo do Senhor esteja sobre a sua vida. O livro de Provérbios termina dizendo que a mulher que teme ao Senhor será elogiada”, enfatizou a pregadora.
“Qual o prumo que está dirigindo a sua edificação? O prumo do século, do feminismo radical, da rebelião ou da autossuficiência? Ou é o prumo da Palavra de Deus, da sabedoria, da graça e da autoridade que se impõe pela bondade? Jesus tinha toda autoridade e não precisava se rebelar contra ninguém. Nós somos cristãs, ou seja, seguidoras de Cristo. Que Cristo se derrame em nós”, finalizou a pastora.