A influência que a cultura secular impõe sobre muitos jovens cristãos foi tema de um sermão sobre namoro e casamento do pastor David Marvin, que atua na megaigreja Watermark Community Church, em Dallas, no Texas (EUA).
Como líder de jovens adultos na igreja, Marvin pontuou a severa influência que a cultura secular exerce sobre eles, em especial, os diferentes veículos da Disney e figuras como a cantora Taylor Swift, no que se refere ao contexto dos Estados Unidos.
Segundo o pastor, muitos jovens adultos têm se deixado levar pelas ideias transmitidas por filmes da Disney ou músicas de Taylor Swift a respeito do significado do casamento, muito diferente do que a Bíblia ensina.
Marvin descreveu o primeiro erro como “delírio de namoro” ou acreditar nos “mitos” de que existe o “felizes para sempre” perfeito e que um relacionamento de namoro não exigirá muito trabalho: “Delirante é quando você é enganado. Você acredita em algo que não é verdade. É como pensar e acreditar em mentiras”, disse.
O pastor observou que uma vez que as crianças podem ler, pensar e processar informações, muitas são “discipuladas” pelo mundo secular em relação ao amor e namoro: “Você foi discipulado pela Disney desde os 5 anos de idade. É verdade. Mensagens sobre contos de fadas e amor e o que procurar no herói, e eles viveram felizes para sempre, ficaram enraizadas em sua mente e na minha mente desde o primeiro suspiro que você deu”, contextualizou.
“Eu amo contos de fadas. Eu amo um bom cavaleiro de armadura brilhante. Mas os contos de fadas mentem. Os contos de fadas lhe dizem mensagens como: ‘Cara, se o sapato servir, vai ser perfeito’; ‘Você vai viver feliz para sempre’. Os contos de fadas comunicam o mesmo enredo. Sempre há uma donzela em perigo. Ela precisa ser resgatada, e você está procurando por ela e você será o [homem na] armadura brilhante”, recapitulou.
Engano
O pastor observou que essa ideia de ser um “salvador” para outra pessoa, mesmo num relacionamento, é uma forma de antropocentrismo, já que os relacionamentos amorosos no padrão bíblico não são embasados na ideia de que um cônjuge pode ser o redentor do outro:
“Nos relacionamentos de namoro e no amor, você não está procurando alguém que precise ser resgatado. Você não está procurando ser o salvador de alguém. Você está procurando um parceiro na vida, não um projeto que você vai resgatar”.
Em seguida, Marvin lamentou os “delírios” que a música popular provoca: “Taylor Swift provavelmente discipulou mais pessoas sobre o amor no mundo do que qualquer outra pessoa. Basta pensar em todas as maneiras como ela nos moldou. Quero dizer, ‘Eu sabia que você era um problema quando entrou.’ Então, por que você namorou com ele?… Toda música de Taylor Swift comunica a mesma coisa: ‘Ele é ruim para mim, mas eu ainda gosto’”.
“E isso fala com você e começa a fazer você pensar: ‘Cara, eu quero ter um relacionamento em que eles joguem o jogo. Eles nem sempre me honram e me mandam mensagens de volta. E eles são um pouco misteriosos’. Você sabe o que é misterioso? É obscuro… Essa não é uma qualidade a ser apreciada. Mas isso é o discipulado de Taylor”, acrescentou.
O pastor Marvin pontua que filmes também tendem a transmitir aos espectadores que “é importante ouvir seu coração e seguir esses sentimentos […] pois quando vem o frio na barriga, você sabe que está apaixonado”.
“Se você seguir e viver para isso, você vai se apaixonar sete vezes por dia. […] ’Logo depois, eles se casaram… e foram felizes para sempre. No pôr do sol. Isso nunca aconteceu na história da humanidade, da existência e do casamento. O casamento é incrível, mas exige trabalho diário e morte para si mesmo”, ensinou o pastor.
Falando sobre seu casamento, Marvin disse que vive um dos “maiores presentes”, mas também é algo “muito difícil” e “não é para os fracos de coração […] porque é pedido aos maridos que morram diariamente para seus próprios desejos”, disse ele. “E a mesma coisa com as esposas”, enfatizou.
Namoro?
O pastor advertiu que os jovens cristãos não namorem ou se casem esperando que seu parceiro os complete, afirmando que os cristãos devem abordar o namoro como “uma pessoa inteira”, não como uma pessoa “burra”.
“Não encare o namoro como um buraco [como se você] tivesse buracos na vida. ‘Estou procurando você para tapar e preenchê-los’. Namorados não serão capazes disso”, disse, acrescentando que os possíveis namorados têm a “responsabilidade” de se curar de dores, traumas e abusos passados antes de se envolver com alguém:
“Se você não se curar de feridas, de cortes, de coisas que aconteceram com você, você vai sangrar em pessoas que nunca te machucaram e nunca te cortaram”, exortou, exemplificando com os casos de “hábitos tóxicos”, como distúrbios alimentares, vício em pornografia e outros problemas.
“Uma das coisas que você tem que decidir é: ‘Eu vou escolher perdoar as pessoas que me machucaram. Eu não vou mais carregar isso. Eu não vou deixar essa pessoa ter mais controle sobre mim. minha vida. Eu os perdoo’. Lide com esses hábitos tóxicos agora. Porque o casamento não faz com que eles desapareçam. Ele os amplia, colocando pressão sobre ele”, encerrou, segundo informações do portal The Christian Post.