Na última quinta feira a polícia da cidade de Cabo de Santo Agostinho, na Grande Recife, prendeu o padre Mário Roberto Gomes por tráfico de drogas. Segundo informações da polícia de Pernambuco, foram encontrados 170 quilos de maconha e um revólver calibre 38 dentro da paróquia pela qual o religioso é responsável.
De acordo com a Folha-PE, além do padre Mário Roberto Gomes de Arruda, da Igreja Apostólica Católica Brasileira, foram presos também uma mulher e um homem por suspeita de envolvimento no crime. As informações divulgadas são de que o homem teria um envolvimento amoroso com o padre.
A prisão do padre foi realizada no bairro de Pontezinha, onde a paróquia que era cuidada por ele está localizada. O religioso e seu suposto amante foram encaminhados pelos policiais do Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel).
A mulher que foi presa junto com o religioso e seu amante foi encaminhada pelo Denarc à Colônia Penal Feminina, localizada no bairro Engenho do Meio, na Zona Oeste do Recife.
Eles estão agora à disposição da Justiça, e devem responder pelos crimes de tráfico de drogas e porte ilegal de armas.
Em nota oficial sobre o caso, a assessoria de comunicação da Arquidiocese de Olinda e Recife informou, por meio de nota, que o padre havia sido ordenado Arquidiocese de Juiz de Fora, em Minas Gerais, mas não fazia mais parte da Igreja Católica.
– Esclareço que o citado senhor Mário Roberto Gomes de Arruda foi ordenado padre, na Arquidiocese de Juiz de Fora (MG). Submetido a um processo canônico, que culminou com a perda definitiva e irrevogável do estado clerical, imposta pelo Papa Bento XVI, ele não pode exercer, válida e licitamente, nenhuma função religiosa, na Igreja Católica Apostólica Romana, que não o reconhece mais como padre. Ademais, ele não tem nenhuma vinculação com a Arquidiocese de Olinda e Recife, embora esteja residindo no seu território, por razões pessoais – informou a nota.