Um padre confessou que era pedófilo e havia “cometido ações graves” contra uma menina de 13 anos de idade, e antes de ser expulso da paróquia, suicidou-se na sacristia.
Dom Max Suard, 48 anos, era o responsável pela paróquia de Santa Cruz, no Carso, nordeste da Itália. De acordo com informações do jornal Corriere Della Sera, o pároco procurou o bispo da diocese de Trieste no último sábado para confessar seu pecado.
Na conversa com o monsenhor Giampaolo Crepaldi, o padre Max Suard admitiu ter cometido abusos contra uma criança de 13 anos e afirmou que se manifestaria publicamente. O padre solicitou um prazo de dois dias para redigir sua carta de pedido de perdão a Deus, à Igreja e à vítima.
Na terça-feira, 28 de outubro, o bispo foi até a paróquia para anunciar oficialmente a expulsão do padre e a abertura de um processo canônico contra ele. Ao entrar no templo, encontrou Max Suard enforcado na sacristia, local onde os sacerdotes católicos guardam os assessórios ritualísticos da missa.
Escândalos
Os casos de pedofilia envolvendo padres católicos se tornaram um dos principais problemas da denominação romana, e o papa Francisco tem se posicionado de maneira firme sobre o assunto, assumindo um compromisso ao combate à pedofilia e a punição aos sacerdotes que estiverem envolvidos nesses escândalos.
No meio católico há quem defenda o fim do celibato obrigatório aos padres como forma de combater as práticas de imoralidade sexual na Igreja Católica. O próprio papa Francisco afirmou que não é impossível que no futuro a denominação permita aos padres se casarem, visto que a questão “não é um dogma de fé”, e sim, uma doutrina.
O próprio pontífice chegou a afirmar que hoje existem oito mil padres pedófilos na Igreja Católica ao redor do mundo, o que corresponderia a 2% dos sacerdotes da denominação.