Nos últimos dias, líderes religiosos e parte da imprensa se envolveram numa discussão a respeito da vinda ao Brasil do pastor americano Douglas Wilson, líder da Igreja de Cristo no estado de Idaho, Estados Unidos. O religioso viria participar da Consciência Cristã 2024, mas a sua presença foi cancelada após ele ser acusado de defender a “escravidão”.
Douglas Wilson é considerado um dos teólogos mais influentes na atualidade, especialmente entre os pastores da tradição reformada, mas algumas polêmicas envolvendo o seu nome estariam lhe colocando em xeque.
Uma delas é a suposta defesa da servidão escrava, algo que terminou sendo o tema de uma matéria publicada pelo site esquerdista The Intercept. O material politicamente enviesado foi assinado pelo teólogo progressista Ronilso Pacheco, que acusa Wilson de ser “um defensor contumaz da ideia de que a Bíblia autoriza a escravidão”.
Com a repercussão negativa do conteúdo, teólogos passaram a discutir a conveniência ou não da vinda do pastor americano para o evento da Visão Nacional para a Consciência Cristã (VNCC), o qual já vem sendo realizado por mais de duas décadas e, também por isso, é considerado um dos mais importantes do país.
O congresso da Consciência Cristã é realizado anualmente durante os dias de Carnaval em Campina Grande, na Paraíba, atraindo milhares de pessoas de todas as partes do Brasil, e este ano a programação será realizada entre os dias 8 e 13 de fevereiro.
Cancelamento
Considerando as possíveis reações contra a vinda de Douglas Wilson, o presidente da Consciência Cristã, pastor Euder Faber, anunciou o cancelamento da sua vinda ao Brasil. Em nota divulgada nas redes sociais, o religioso apontou o risco de violencia física contra os participantes do evento.
Faber também criticou a cobertura parcial da imprensa nacional, a qual não deu o devido espaço proporcional para esclarecimentos a respeito das acusações envolvendo o teólogo americano.
Faber também divulgou uma “carta aberta” escrita por Wilson aos brasileiros, onde o mesmo nega que seja um defensor da escravidão. “Essas acusações são mentiras sem fundamento”, rebate o americano.
Nas redes sociais, nomes como Wilson Porte Jr. e Guilherme de Carvalho comentaram a repercussão envolvendo o nome do pastor Wilson. “Vi muitas acusações contra ele, porém todas respondidas e documentadas inclusive por tribunais independentes, e pela justiça americana. Se todos que o tem acusado fizessem o mesmo, não fariam da internet um tribunal eclesiástico querendo destruí-lo”, observou Jr.
Carvalho, por sua vez, sugeriu que “o objetivo final” das acusações contra o pastor americano “é a desmoralização dos evangélicos e especialmente dos pastores”, uma vez que, segundo o teólogo, “esse tem sido o trabalho do Intercept há anos, e de uma série de influenciadores ‘crentes'”. Assista:
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