Um relatório divulgado pelo Reino Unido trás informações preocupantes sobre a perseguição religiosa envolvendo os cristãos no mundo atual. Segundo o documento, 80% de todos os casos de intolerância religiosa no mundo às vítimas são cristãs, e isso ocorre frequentemente em pelo menos 144 países.
O relatório foi desenvolvido pelo bispo anglicano Philip Mounstephen e entregue ao ao Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido na última sexta-feira (3). Os dados foram coletados com base em outra pesquisa, feita pela Sociedade Internacional dos Direitos Humanos há 10 anos.
A surpresa, no entanto, foi que segundo Philip, os números da perseguição religiosa aos cristãos permanecem praticamente os mesmos, o que pode significar que não houve nenhum avanço no sentido de garantir à liberdade religiosa nos países mais afetados pelo fanatismo político-religioso.
“Embora esse número não apareça mais no site do Serviço Internacional para os Direitos Humanos (ISHR, na sigla em inglês), em conversas privadas com líderes da entidade, eles mantêm o número e sugerem que agora essa é uma estimativa conservadora”, disse o bispo.
O bispo também utilizou dados da Pew Research Center, coletados em 2017, os quais apontaram que “os cristãos foram perseguidos em mais países do que qualquer outro grupo religioso e sofreram assédio em países fortemente muçulmanos do Oriente Médio e Norte da África”.
A perseguição religiosa aos cristãos também ocorre no aspecto cultural, de forma que símbolos associados ao cristianismo, valores e demais conceitos, também são combatidos. Exemplo disso são os ataques aos templos e cruzes, como forma de apagar qualquer referência à cosmovisão cristão.
“A erradicação de cristãos e outras minorias sob a pena da ‘espada’ ou outros meios violentos revelou-se o objetivo específico e declarado de grupos extremistas na Síria, Iraque, Egito, nordeste da Nigéria e Filipinas”, afirma o relatório.
“A intenção de apagar todas as evidências da presença cristã foi esclarecida pela remoção de cruzes, a destruição de edifícios e outros símbolos da Igreja”, destaca o documento, segundo informações do Christian Post.