A perseguição religiosa aos cristãos e a minorias é uma realidade antiga. Contudo, na geração pós-moderna essa prática tem sido intensificada devido ao uso da tecnologia, entre elas a internet. A constatação foi feita pela organização missionária Portas Abertas.
A entidade cristã que monitora os índices e casos de intolerância religiosa pelo mundo, afirmou em um relatório que a censura digital se tornou uma ameaça real, contra a qual é preciso uma reação enérgica por parte dos governos.
Uma das preocupações é que “com o tempo, a censura altera as opiniões da população”, diz a Portas Abertas. Isso acontece devido ao medo implantado sobre as pessoas. Como resultado, a tendência é que exista uma mudança gradual de comportamento e pensamento, no sentido da acomodação ao contexto de intolerância.
“Nós vimos como multidões e grupos terroristas em todo o mundo estão fazendo uso de plataformas digitais para fortalecer seu controle sobre as minorias religiosas”, disse David Landrum, Diretor de Advocacia e Mídia da Portas Abertas na Irlanda.
Assim como grupos terroristas, regimes políticos autoritários, como do Partido Comunista da China, também fazem uso da tecnologia atual para perseguir os cristãos. No país asiático, por exemplo, “os aplicativos da Bíblia foram removidos das lojas de aplicativos online, incluindo as lojas de aplicativos do Google e da Apple”, informou a organização.
Além disso, as redes sociais na China são vigiadas, a fim de que nenhum conteúdo contrário à ideologia comunista seja publicado. As igrejas que funcionam no país são regulamentadas pela ditadura, o que significa que precisam se adequar, também, ideologicamente.
“O mais chocante de tudo é que os governos estão fechando os olhos para isso ou até mesmo incentivando ativamente o comportamento opressivo violento”, diz a Portas Abertas.
Por fim, Landrum alerta para que a Igreja de Cristo desperte para esta nova realidade. “Todas as formas de perseguição digital estão crescendo a um ritmo assustador”, disse ele, segundo o Christian Today. Para saber mais sobre a intolerância religiosa em países como a China, leia abaixo:
Aplicativo de mensagens chinês censura palavra ‘Cristo’ em grupo cristão