Um tumulto causado por um homem com sinais de alucinação no Congresso Nacional revelou um plano de matar o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), políticos da bancada evangélica como o pastor Marco Feliciano (PODE-SP) e outras lideranças cristãs, incluindo católicos.
Victor Rafael Herzog Pinto Neves, 34 anos, foi preso pelos policiais legislativos após quebrar um vidro do prédio do Senado, numa área conhecida como chapelaria. Testemunhas relataram que “ele aparentava estar alterado e dizia que queria entrar no prédio”.
O homem usou a base de ferro de um demarcado de fila para quebrar o vidro, de acordo com imagens das câmeras de segurança do Congresso. Imediatamente ele é abordado por seguranças, mas não atende aos apelos para que se renda e é paralisado com um disparo de taser, a arma de choque usada pela Polícia Legislativa.
Depois de ser atingido, Neves cai no chão e alguns segundos depois, retira as pontas do fio de choque do corpo, mas é algemado em seguida pelos policiais. Ele teria se revoltado logo após ser “informado de que não poderia entrar na Casa sem agendamento”, segundo informações do portal G1.
Mais tarde, os deputados Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) e Marco Feliciano usaram o Twitter para compartilhar um vídeo coletado das redes sociais do vândalo com um depoimento sobre seus planos para matar o presidente, assim como líderes neopentecostais, como o missionário R. R. Soares e o bispo Edir Macedo.
“Esse homem foi hoje ao Congresso para matar parlamentares evangélicos e ao não conseguir entrar, quebrou a vidraça do prédio. Esse já está preso! Orem por nós! O inimigo continua usando a fúria das pessoas, para promover ataques aos evangélicos!”, escreveu Cavalcante.
A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) comentou a publicação, demonstrando espanto: “Meu Deus! Um tiro de taser foi pouco nesse caso”, desabafou.
HOMEM QUE PLANEJAVA MATAR BOLSONARO, FELICIANO
E OUTROS LÍDERES É BARRADO E LEVADO PELA POLÍCIA! pic.twitter.com/eyrwD5enRH— Marco Feliciano (@marcofeliciano) August 30, 2019
Meu Deus!
Um tiro de taser foi pouco nesse caso.
— Carla Zambelli (@CarlaZambelli17) August 30, 2019