Uma adolescente foi morta em uma confusão familiar e durante as investigações, a Polícia encontrou um exemplar do que seria a “bíblia satânica” na casa.
O caso foi registrado na última quarta-feira, 02 de dezembro, na cidade de Caarapó (MS). A confusão entre a adolescente Lorraine da Silva Paim, 16 anos, e o marido, Gabriel Junior da Silva, 22, começou por causa do choro do filho de Lorraine.
O menino estava chorando constantemente, o que teria levado Lorraine a um surto psicótico. Gabriel, que é o padrasto do menino, tirou-o dos braços da mãe por temer que ela o machucasse de forma grave.
A essa altura, Lorraine teria ficado descontrolada e puxou um facão para agredir Gabriel, que dominou a adolescente e aplicou um mata-leão na companheira, segundo ele mesmo relatou aos policiais.
Quando viu que a companheira estava desacordada, ele acionou o Corpo de Bombeiros, mas Lorraine já estava morta quando o socorro chegou. De acordo com informações do Caarapó News, ele cobriu o corpo e permaneceu no local, aguardando a chegada dos policiais, com a criança no colo.
Na cena do homicídio, a Polícia encontrou o livro As Escrituras Satânicas, a Filosofia do Satanismo, que é considerada a “bíblia” do culto ao diabo.
Ocultismo e violência
Outra adolescente, há pouco menos de um mês, foi detida após esfaquear o irmão, a mãe e o padrasto, com a ajuda do namorado.
A família foi socorrida e internada no hospital para exames. O irmão da adolescente foi submetido a uma cirurgia, mas não corre risco de morte, assim como a mãe e o padrasto. A Polícia foi acionada e deteve a menina e seu namorado, a pedido do Ministério Público.
A delegada responsável por investigar a tripla tentativa de homicídio contou que a mãe da adolescente de 13 anos relatou que a filha apareceu com livros e objetos de ocultismo.
“Os pais precisam ficar muito atentos ao que os filhos pesquisam na internet, aos filmes que veem e aos livros que leem para entender como está a psique desses adolescentes, o desenvolvimento emocional, porque é uma etapa muito delicada na vida”, disse a delegada Milena de Fátima Rosa, responsável por investigar o crime.
“É uma família de classe média, estruturada. Os familiares trabalham em ocupações lícitas. Não detectamos nada de ilícito no local. Isso até dificulta a busca por uma possível motivação para esse ato infracional”, concluiu a delegada.