O avanço da ideologia de gênero na sociedade tem provocado uma verdadeira batalha em muitos setores, entre eles o escolar. Além dos conflitos envolvendo a destituição das diferenças sexuais nos banheiros, professores também são perseguidos, por exemplo, quando não chamam um aluno transgênero pelo nome do sexo oposto.
O professor John Kluge, de 29 anos, é mais um exemplo de uma realidade cada vez mais comum nas escolas dos Estados Unidos. Ele leciona música na Brownsburg High School em Brownsburg (BCSC), Indiana, mas por não chamar a jovem Aidyn, de 16 anos, como “ele”, o docente foi pressionado pela instituição a se demitir.
Kluge alegou que além de não poder corroborar para a propagação de algo que entende ser uma mentira científica, ele também não poderia contrariar a sua consciência cristã.
O argumento religioso tem sido a saída encontrada por muitos profissionais para lidar com tais casos, visto que os ativistas de gênero ignoram todos os fatos científicos que contrariam seus ideais.
“Não se trata apenas de um pronome, mas do significado desse pronome”, disse Tyson Langhofer, consultor sênior da Alliance Defending Freedom (ADF), um escritório de advocados cristãos conhecido por defender a liberdade religiosa dos americanos.
Tyson explicou que o fato de chamar alguém por “ele” ou “ela” vai muito além da linguagem, pois se trata do reconhecimento ou não de uma forma de pensamento, algo que se contraria a fé de alguém, essa pessoa tem o direito de discordar.
“Ninguém deve ser forçado a contradizer suas crenças fundamentais apenas para manter um emprego.”, disse ele. Mas para Laura Sucec, a mãe de Aidyn, a forma como a sua filha (filho?) é tratada também diz respeito à maneira como ela (ele?) se sente.
“Quando alguém nega ao seu filho sua personalidade, identidade, nega esse ambiente favorável, está prejudicando ativamente o seu filho”, disse ela, segundo informações da revista Time.
O professor Kluge atualmente está afastado do seu emprego após ser pressionado pela escola. O seu caso, no entanto, continua sendo tratado judicialmente.
Ao recorrerem judicialmente, os advogados do professor disseram que a situação “deixou o Sr. Kluge com uma escolha insustentável de manter seu emprego, violando suas crenças religiosas sinceras quase diariamente, ou perdendo seu emprego – o principal meio financeiro de apoio a sua família”.