Chegou ao fim um sequestro realizado por terroristas islâmicos ligados à etnia Fulani, onde oito cristãos, sendo seis meninas e dois funcionários de uma escola cristã no centro-norte da Nigéria, foram levados cativos no dia 3 de outubro passado.
O ataque ocorreu no Colégio dos Gravadores na vila de Kakau Daji, na área do governo local do condado de Chikun, perto da cidade de Kaduna. Após a ocorrência, familiares, amigos e líderes religiosos se mobilizaram em oração em prol da libertação dos reféns.
Boa parte dos membros da etnia Fulani, da qual faz parte o próprio presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, se radicalizaram ao longo dos anos sob a influência do grupo Boko Haram, considerado o Estado Islâmico da África.
Originalmente os Fulani são conhecidos pela agricultura e pastoreio de animais, ou seja, pelo trabalho no campo, mas devido aos conflitos separatistas no país acredita-se que eles foram armados por grupos radicais e agora muitos atuam como uma espécie de força paramilitar.
Como exigência para a libertação dos reféns cristãos, o grupo terrorista pediu 30 milhões de nairas (US $ 82.327) por aluno, mas Shunom Giwa, vice-diretor do Engravers College, disse na época creditar na providência de Deus para a soltura dos cativos.
“Estamos confiando em Deus para a proteção dos cativos e esperando que eles sejam libertados sem serem feridas”, declarou ele.
Todos os seis reféns então foram libertados, mas o pagamento pelo resgate foi realizado, segundo informações da Barnabás Fund.
Yakubu Sabo, no entanto, porta-voz do Comando da Polícia Estadual de Kaduna, afirmou que os militares continuarão investigando o caso na tentativa de prender os responsáveis pelo ataque.
“O Comando imediatamente mobilizou equipes combinadas de anti-seqüestro, SARS e polícia convencional para a área de possível resgate das vítimas para prender os autores do infeliz incidente”, disse ele.
Enquanto isso, os irmãos em Cristo comemoraram a soltura dos reféns após muita oração. “Através de suas orações, Deus nos trouxe ajuda. Deus usou um ex-governador do estado de Kaduna para nos ajudar”, disse Ohemu Fredrick, pai de uma das meninas sequestradas.