Igrejas evangélicas na Ucrânia estão sendo invadidas e fechadas por militares rebeldes, apoiados pela Rússia, após a invasão ocorrida ao país em 2014. A ação faz parte de uma tentativa dos soldados de controlar a região, evitando aglomerações de pessoas, o que inclui a reunião para cultos religiosos, mas também de um decreto para o recadastramento das instituições.
A organização humanitária norueguesa Fórum 18, no entanto, informou que ao apresentar os dados exigidos para o funcionamento legal das igrejas, muitas são impedidas de atuar, o que pode indicar uma tentativa de restrição à liberdade de religiosa.
O pastor da Igreja Batista de Krasny Luch, por exemplo, será julgado por manter o funcionamento da igreja sem a autorização. No domingo passado, cerca de doze agentes invadiram a Igreja Batista do Reavivamento, liderada pelo Pastor Dmitry Sirbu, e mandaram 25 fiéis embora. Eles também saquearam o baú do ofertório, segundo o religioso.
Outro indício que aponta para a tentativa de controlar a prática religiosa na região é a exigência de dados pessoais dos membros durante o recadastramento das igrejas.
“O procedimento de registro implica a revelação de informações pessoais sobre os fiéis que poderiam facilmente se tornar novos alvos de perseguição”, informou um membro das Testemunhas de Jeová, que não quis se identificar por razão de segurança.
Os líderes religiosos procuraram explicações para entender o motivo da repressão, mas Andrei Litsoev, chefe do Departamento de Organizações Religiosas e Espiritualidade do Ministério da Cultura, Juventude e Esporte em Luhansk, não quis se pronunciar, segundo informações do Christian Post.