O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou no último domingo (23) de um podcast onde fez acusações contra o atual presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL), o associando ao ditador da Nicarágua, Daniel Ortega.
O regime ditatorial mantido por Ortega na Nicarágua tem sido responsável pela perseguição de líderes cristãos que se opõe ao governo. Conforme o já noticiado pelo GospelMais, igrejas já foram fechadas e padres presos em decorrência disso, além de empresas de jornalismo, como a rede CNN.
Para o líder petista que até hoje não condenou explicitamente as ações de Ortega contra os cristãos, contudo, o chefe de Estado brasileiro é quem seria “infinitamente” pior do que o ditador da Nicarágua.
“O Bolsonaro fala do Daniel Ortega, ele é infinitamente pior do que o Daniel Ortega, e ele quer criar um país como qualquer outro país Ele não pensa democraticamente, ele não pensa, o que ele pensa é o seguinte: só quer o poder pelo poder”, afirmou Lula, segundo informações do UOL.
Apoio político
No primeiro debate presidencial do segundo turno, realizado pela rede Bandeirantes, Lula foi questionado sobre a sua relação com Ortega. O petista, contudo, buscou se esquivar da pergunta, resumindo-se a dizer que “se” o ditador tem cometido erros, o povo o julgará.
Em novembro de 2021, o Partido dos Trabalhadores (PT) chegou a celebrar a eleição fraudulenta de Ortega na Nicarágua, segundo o El Pais, emitindo uma nota onde classificou a sua suposta vitória como uma “grande manifestação popular e democrática”.
O partido, contudo, voltou atrás e retirou a sua nota do ano passado do ar, após repercussão negativa. Em outra manifestação, no entanto, essa de 2016, o PT também já havia declarado apoio a Ortega. Até o fechamento dessa matéria, o documento ainda encontra-se disponível no site oficial da legenda.
No sábado, o presidente Jair Bolsonaro voltou a condenar o regime de Ortega. “Não queremos uma Nicarágua aqui, onde se prende padres, se expulsa freiras, se fecha rádios e TVs católicas, se proíbe para os evangélicos a comemoração do Dia da Bíblia, se proíbe para os católicos as procissões”, afirmou. Veja também:
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