As Testemunhas de Jeová foram banidas da Rússia, e qualquer atividade desta seita religiosa foi criminalizada pela Suprema Corte do país. A decisão foi tomada porque seus sequidores foram considerados “extremistas”.
O assunto vinha sendo discutido entre as altas autoridades russas há alguns meses, e a tendência de proibição da “seita extremista” foi revelada há um mês, quando o presidente Vladimir Putin manifestou-se favorável ao banimento.
“O Supremo Tribunal decidiu sustentar a reivindicação do ministério da Justiça da Rússia e considerou o ‘Centro Administrativo das Testemunhas de Jeová na Rússia’ uma organização extremista, e proibindo suas atividades na Rússia”, disse o juiz Yuri Ivanenko, de acordo com informações do portal The Independent.
“A propriedade da organização Testemunhas de Jeová deve ser confiscada e entregue ao Estado”, acrescentou o magistrado, que comunicou ainda o fechamento da sede russa da seita e outros 395 templos.
A ação conta com o apoio do Ministério da Justiça russo, já que a porta-voz Svetlana Borisova afirmou que as Testemunhas de Jeová “representam uma ameaça aos direitos dos cidadãos, à ordem pública e à segurança pública”.
A determinação da Justiça ainda não entrou em vigor, e os advogados da seita anunciaram que pretendem recorrer até ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. “Faremos o possível”, disse Sergei Cherepanov, representante das Testemunhas de Jeová;
Iaroslav Sivoulski, um dos principais anciãos russos da seita disse estar “chocado” com a decisão: “Não pensava que algo assim poderia acontecer na Rússia moderna, onde a Constituição garante a liberdade de religião”, lamentou, segundo informações do G1.