A situação dos cristãos que vivem no Níger, um país da África Ocidental que faz fronteira com a Argélia e Líbia ao norte, também tem preocupado autoridades internacionais que lidam com a perseguição religiosa aos cristãos em várias partes do mundo.
Segundo informações da organização Portas Abertas, no último dia 7 de junho o grupo extremista islâmico Boko Haram sequestrou uma mulher cristã na aldeia de Kintchendi, na região de Diffa, no sudeste do país.
Já no dia 10 os terroristas libertaram a mulher, porém, com uma carta ameaçadora contra os cristãos. Eles disseram para os seguidores de Jesus “deixarem a cidade dentro de três dias”, pois caso contrário seriam mortos.
A região faz fronteira com a Nigéria, país que nos últimos anos tem sido palco de um verdadeiro genocídio de cristãos. É possível que os terroristas do Boko Haram estejam querendo expandir o terror da jihad islâmica também para o Níger.
“Em julho de 2017, Boko Haram sequestrou 30 a 40 mulheres e crianças e executou outras nove pessoas na aldeia de Ngalewa. Um mês antes, duas mulheres-bomba atacaram um acampamento para deslocados internos em Kablewa”, informou a Portas Abertas.
Segundo informações do Mundo Cristiano o presidente da Nigéria, Muhammad Buhari, declarou no ano passado que o Boko Haram havia sido derrotado. Entretanto, a repetição dos ataques que já somam centenas de cristãos mortos não deixa duvidar de que o terrorismo não apenas continua existindo, como se fortalece à medida que é ignorado pelo governo.
A negação de que o grupo terrorista foi derrotado também foi confirmada pela Portas Abertas. “Este novo ataque é um dos muitos dos militantes do Boko Haram, mostrando que, apesar das alegações do governo da Nigéria, o grupo extremista não está derrotado”, comunicou a organização.
Aparentemente, a continuidade do massacre aos cristãos na Nigéria e agora no Níger encontra respaldo na omissão das autoridades, o que torna inviável o socorro eficaz aos seguidores de Cristo, salvo por ajuda internacional, o que também é um problema, já que o mundo parece fechar os olhos para a intolerância contra o cristianismo.