O crime que resultou na morte da cantora Sara Mariano teve motivação passional, segundo as descobertas da investigação da Polícia Civil até o momento. Ederlan Mariano teria descoberto que a esposa havia mantido dois casos extraconjugais.
A Polícia Civil de Dias d’Ávila (BA) fez relevantes descobertas na investigação do crime que ceifou a vida da artista pentecostal. Sara Mariano havia conhecido um rapaz que trabalhava como motorista de aplicativo há seis meses, e há dois, se envolveram sexualmente e o marido descobriu.
As afirmações foram feitas pelo rapaz em depoimento à Polícia Civil de Florianópolis (SC). De acordo com o relato dele, ele decidiu romper o relacionamento quando fez a descoberta, mas ela teria ficado inconformada e continuado a procura-lo por WhatsApp.
Ederlan descobriu a traição ao acessar o WhatsApp da esposa e ligou para ameaça-lo, e por conta disso, o motorista de aplicativo decidiu se mudar para Florianópolis (SC). No depoimento, o rapaz afirmou que a cantora foi até Florianópolis para tentar encontra-lo, mas ele se recusou.
Em seu relato, o motorista de aplicativo afirmou que Ederlan voltou a ligar para ele e contar que havia descoberto uma segunda traição da esposa, que estaria se envolvendo com um policial, para quem ela também teria dito que era solteira.
No inquérito também consta uma tentativa de Ederlan de ocultar suas motivações através do apagamento de todos os dados do celular da esposa em uma assistência técnica especializada em iPhones. Essas descobertas foram essenciais para que os investigadores obtivessem a confissão do marido em relação ao crime, segundo informações do portal Polêmica Paraíba.
Detalhes do inquérito
Em entrevista concedida à imprensa, o delegado Evaldo da Costa compartilhou detalhes do inquérito e admitiu que a infidelidade “é uma possibilidade, mas ainda não há elementos que permitam fazer a afirmação”.
Ederlan “confessou que queria se livrar da mulher”, pontuou Costa. “Os meios usados ainda estão em investigação. É possível que tenha mais autores que participaram desse fato. […] A motivação ainda está em investigação, existem vertentes dentro do processo que não podemos publicizar porque o inquérito é muito incipiente”.
Ele pontuou que o crime foi premeditado: “A gente estima que esse crime começou a ser articulado no dia 24 de setembro e veio acontecer exatamente um mês após o início de toda a premeditação. Um dos fatos que eu achei relevante nesse inquérito é que o marido da pastora era responsável pela agenda dela […] mas nesse fato específico, ele não participou, criando um falso álibi para leva-la ao local do crime”.
A irmã da cantora, Soraya Correia, negou veementemente que Sara tivesse um caso extraconjugal: “Isso aí não existe. Ela sempre falava em lutar pelo casamento. Aderlan deve ter pago a esse homem para falar sobre traição. Isso aí para mim não existe”, declarou à página Assembleianos de Valor.
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