O testemunho de fé do cristão Terry Waite revela o quanto o perdão é capaz de liberar o ser humano das suas piores mágoas, restaurando não apenas a sua paz de espírito, mas também lhe dando confiança e maturidade emocional suficientes para encarar novos desafios.
Antes de falar em perdão, porém, Terry precisou aprender muito, na prática, o significado desse conceito. Ele já sabia sobre a importância do perdão, mas somente quando foi sequestrado pelo grupo terrorista Hezbollah foi que ele teve a oportunidade de enxergar isso por outro ponto de vista.
“Se você não pode perdoar, isso restringe seu próprio futuro. O perdão é libertador”, disse ele na ocasião do seu aniversário de 80 anos, comemorado no último dia 31, segundo informações do Premier.
Terry foi sequestrado pelo Hezbollah trinta anos atrás, quando tentava ajudar ocidentais em seu país, o Líbano. O cristão ficou preso entre 1987 e 1991, cinco anos de cativeiro. Foi ali, na prisão, que ele aperfeiçoou a sua fé em Jesus Cristo.
“Eu disse aos meus captores, você tem o poder de quebrar meu corpo e você já tentou, o poder de dobrar minha mente e você tentou, mas minha alma não é sua para possui-la”, lembra o idoso.
Foi com base nas dificuldades enfrentadas na prisão que Terry aumentou o seu amor pelo próximo. Ao invés de se deixar abater, ele se fortaleceu. O sentido mais profundo do perdão tomou forma na sua vida em meio ao sofrimento.
“Sempre tive simpatia por pessoas que estão à margem da vida. Mas essa simpatia em cativeiro transformou-se em empatia”, disse ele. “Estar lá me equipou para poder fazer mais e entender mais a situação em que muitas pessoas neste mundo se encontram”.
Anos depois, Terry voltou ao Líbano para oferecer perdão ao Hezbollah. Até hoje ele desenvolve um trabalho humanitário em prol da paz na região, algo que até já foi reconhecido pelo governo, que preparou uma recepção especial para ele em sua Embaixada.
“Você não precisa concordar com o que as pessoas fazem, para poder perdoar”, ensina o idoso.