A revolta com as atrocidades cometidas pelo Estado Islâmico contra cristãos e outras minorias religiosas e étnicas no Iraque e na Síria levou um soldado da resistência cristã a assassinar um militante do grupo terrorista.
O soldado cristão membro das forças curdas decapitou um militante do Estado Islâmico na última quinta-feira, 28 de maio, em Hasakeh, no nordeste da Síria.
A informação do caso foi obtida e divulgada pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma organização não-governamental (ONG) exilada, sediada no Reino Unido.
A decapitação do jihadista teria sido um ato de vingança pela morte de centenas de homens, mulheres e crianças pelas mãos do Estado Islâmico. O site da ONG destacou que há muita discussão se “as ações do soldado cristão sírio não-identificado foram corretas ou morais sob a ótica do cristianismo”.
O artigo do Observatório Sírio dos Direitos Humanos destaca ainda que, se “o motivo da decapitação foi uma vingança, o assassinato poderia ser interpretado como um crime de guerra”.
A decisão do cristão em decapitar o jihadista teria sido tomada após ele descobrir que o homem era integrante do Estado Islâmico, e escolheu matá-lo usando o mesmo método brutal de execução que se tornou uma marca dos terroristas, porém, com um detalhe: o homem teve que cavar sua própria cova antes da execução.
O Estado Islâmico já executou mais de 2 mil pessoas desde agosto do ano passado, segundo contagem da revista Veja. No mês passado, 149 civis foram assassinados pelos terroristas, sendo que 14 eram crianças e 13, mulheres. A maioria das mortes se deu por decapitação, apedrejamento ou fuzilamento. No mês de fevereiro, 220 cristãos assírios foram sequestrados e apenas 19 foram libertados.