A reboque do sucesso de audiência que a “novela bíblica” Os Dez Mandamentos tem alcançado, a revista Superinteressante vai abordar a jornada de Moisés em sua próxima edição.
No anúncio que promove o próximo exemplar, a página da revista no Facebook anunciou que a matéria de capa desvendaria uma espécie de mito do profeta hebreu: “Os Dez Mandamentos. Como um rei megalomaníaco, muita geopolítica e uma farsa de proporções bíblicas criaram a saga de Moisés – o herói que foi sem nunca ter sido”.
O jornalista Reinaldo José Lopes, um dos autores da matéria, se dedica a um blog ateu, chamado “Darwin e Deus”, onde costuma atribuir a ciência questões que pessoas de fé atribuem a Deus.
As recentes empreitadas da revista contra a fé – meses atrás a publicação editou uma matéria generalista sobre os evangélicos – demonstram o alinhamento dos editores com o pensamento da moda, tentando apresentar conceitos de seculares como os únicos corretos.
Antes conhecida por suas matérias que explicavam questões científicas com linguagem simples e acessíveis, a revista mudou seu foco e, a título de explicar a história, passou a atacar as bases do cristianismo.
Em 2012 a revista publicou matéria afirmando que Jesus era apenas um profeta “baixinho” que não teria sido traído por Judas, e que os Evangelhos não teriam sido escritos pelos apóstolos.
No mesmo ano, uma matéria que explorava trechos bíblicos pouco comuns em sermões, sugeria que o rei Davi e seu amigo Jonatas teriam mantido relações homossexuais.
No caso da edição de setembro de 2015, a revista usou a imagem de uma Bíblia coberta de sangue para ilustrar “como os fundamentalistas ameaçam as liberdades individuais”. No texto, os autores diziam que quem defende com paixão os preceitos bíblicos têm sede de sangue.