Na última quinta feira (28), a polícia de Franca (SP) prendeu um homem de 53 anos por suspeita de abusar sexualmente de jovens e adolescentes frequentadoras da Igreja Paz no Vale no bairro Jardim Redentor. José Elias da Cruz foi identificado pela polícia como um pastor evangélico e, segundo denúncias que levaram à sua prisão, se aproveitava das jovens – dentre elas duas adolescentes de 12 e 15 anos – enquanto realizava ritos espirituais em suas casas.
A prisão preventiva do suposto pastor foi decretada a pedido da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), e o inquérito policial sobre o caso deve ser concluído em dez dias antes de ser apresentado ao Ministério Público.
A delegada Graciela Ambrósio informou que Cruz foi denunciado pelo pai das duas adolescentes depois que uma delas estranhou o modo como ele agia durante um rito em que prometia libertação espiritual. De acordo com a delegada, o pai das garotas alegou que o pastor passava a mão nos seios e no órgão genital delas durante uma unção com óleo.
– A família tinha uma relação de confiança com o pastor. As meninas frequentavam a igreja de segunda a domingo e ficavam em casa sozinhas ou iam para o grupo de oração na casa do pastor. Ele falava que tinha o dom de tirar o espírito da sensualidade – explicou a delegada.
– Ele encontrava as meninas sozinhas, levava para o quarto, usava um óleo e falava que era para ungir. Com a menina de 12 anos era desde outubro do ano passado. Na última sexta-feira (22), também fez com a menina de 15. Então ela achou que não estava certo e contou para o pai dela – detalhou Ambrósio, ao explicar que a mais jovem das vítimas, de apenas 12 anos, era submetida ao mesmo rito desde o ano passado, mas apenas confirmou as denúncias depois que a irmã mais velha, de 15 anos, teve a mesma experiência.
Segundo informações do G1, desde o início das investigações sobre o caso, a DDM obteve denúncias de outras duas jovens, de 21 e 22 anos, que também disseram terem sido abusadas por Cruz. No inquérito policial, o pastor, que nega todas as acusações, é investigado por estupro de vulnerável, no caso da adolescente de 12 anos, e por posse sexual mediante fraude, no caso das outras três jovens.
Por Dan Martins, para o Gospel+