Ser missionário em algumas das regiões mais isoladas do mundo não é uma tarefa fácil e por vezes implica em arriscar a própria vida, podendo resultar a morte. Foi o caso de dois missionários que visitaram a tribo Yali pela primeira vez na região do Vale Seng, em Papua, há cerca de 55 anos atrás.
Conhecidos na época por ser um povo guerreiro e até canibal, os Yali não receberam bem a chegada dos missionários Mundial Phil Masters e Stan Dale. Como resultado, os dois teriam sido mortos por flechadas, segundo a WhBrasil.
Mas o incidente trágico não impediu que outros missionários mantivessem o desejo de anunciar o Evangelho de Cristo para os membros da tribo. Novos proclamadores da Palavra foram ao local nos anos seguintes, porém com mais cautela, e conseguiram contato com os indígenas.
O trabalho missionário rendeu frutos, mesmo décadas depois. Agora, a tribo Yali recebeu, por exemplo, cerca de 2.500 Bíblias Sagradas traduzidas para o próprio idioma, um feito de alcance extraordinário. O material foi entregue nas aldeias de Dekai, Oakbisik e Holuwan.
Linda Ringenberg, cujo marido Dave foi um dos pilotos que pilotaram o avião carregando as Bíblias, disse:
“Quando os pilotos do MAF perguntaram aos Yali se poderiam retirar uma Bíblia e abri-la para uma foto em Holuwan, os moradores imediatamente escolheram o Salmo 119:105: ‘A tua palavra é lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho.’”, afirmou, segundo o Christian Post.
Ela observou que em vez do período de obscuridade e violência que cercou a tribo Yali décadas atrás, antes da chegada do Evangelho de Jesus, os membros das aldeias agora desfrutam da paz de Deus, revelando que o novo entendimento transformou suas vidas.
“Agora, em vez de esperar pela guerra, a igreja Yali tem esperado por mais Bíblias em seu idioma. Porque Deus em Seu amor de longo alcance, trabalhou através de um assassinato, um acidente de avião, missionários fiéis, tradutores e organizações”, disse ela.
“As tribos Yali não andam mais no caminho das trevas. Seu caminho é iluminado pela Palavra de Deus”, conclui a missionária.