O governo da Turquia não está cumprindo o acordo de paz com a Síria, após a intermediação da Rússia no conflito que ocorre na fronteira do país, onde os curdos são as principais vítimas, incluindo a comunidade de cristãos. Às informações são da rede internacional CBN News.
Desde a retirada do Exército Americano da Síria, a Turquia iniciou uma série de ataques ao país, visando estabelecer e controlar uma zona neutra de fronteira entre às duas nações. Como resultado, curdos e cristãos que vivem na região foram afetados, assim como centenas de prisioneiros do Estado Islâmico escaparam de presídios que foram atingidos pelos ataques.
Após a pressão dos Estados Unidos e a intermediação da Rússia – nação que historicamente possui interesses bélicos na região – a Turquia aceitou um acordo de paz, na condição de que os curdos se retirassem da zona de fronteira. Entretanto, segundo o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, esse acordo não foi respeitado.
“O Exército Sírio Livre, apoiado pelo ar e pela armadura turca, continua atacando”, disse Dave Eubank, líder de uma pequena organização cristã chamada Free Burma Rangers. Ele disse que as forças turcas estão “a oito quilômetros do norte e do oeste”, próximo do local onde a sua equipe atua oferecendo auxílio aos cristãos vítimas do confronto.
Como resultado do conflito, estima-se que 250 mil cristãos já migraram para outras regiões, longe da fronteira com a Turquia, em busca de proteção. O governo Donald Trump, por sua vez, anunciou o envio de US$ 50 milhões para auxiliar os cristãos perseguidos, enquanto soldados curdos se preparam para lidar com o confronto beijando suas bíblias.
Outra medida tomada pelo governo americano foi a utilização de sansões econômicas contra a Turquia. Trump chegou a prometer que iria “destruir” a economia do país, caso não respeite o acordo de paz e deixe de atacar a região de fronteira com a Síria.
“Eu deixei claro para a Turquia que, se eles não cumprirem seus compromissos, incluindo a proteção de minorias religiosas, e também vigilância dos prisioneiros do Estado Islâmico que foram capturados, imporemos sanções econômicas muito rápidas, fortes e severas”, disse Trump.