A guerra na Ucrânia continua desvelando capítulos de destruição e mudanças na geopolítica mundial, enquanto um acordo de paz ainda não é selado no Leste europeu. Para tentar concretizar esse objetivo, o governo ucraniano propôs que as negociações sejam realizadas em Jerusalém.
A proposta feita pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelensky também possui um valor simbólico, tendo em vista que ele é de ascendência judaica. Além disso, a Ucrânia considera Israel um pais neutro e também seguro o suficiente para a realização das negociações.
Israel possui laços de cooperação com a Rússia, que mantém algumas das suas tropas na Síria, país considerado estratégico para Jerusalém no tocante ao radicalismo islâmico no Oriente Médio. Em outras palavras, Putin exerce um papel de controle na região, a exemplo do que os Estados Unidos exerceu no Iraque e Afeganistão.
“Geralmente apoiamos a mediação de qualquer pessoa. Mas eu não chamaria o primeiro-ministro Bennett de ‘qualquer um’. Ele pode desempenhar um papel importante porque Israel é um país com uma história rica”, declarou o presidente Volodymyr Zelensky.
Rumores que circularam na imprensa internacional dão conta de que a Rússia estaria disposta a negociar na Bielorrússia, país fronteiriço entre ela e a Ucrânia. Zelensky, no entanto, não considera a proposta segura, tendo em vista que o país vizinho também tem sido incitado pelos russos a entrar na guerra.
“Estes não são lugares onde podemos chegar a qualquer entendimento sobre o fim da guerra”, disse ele, dando a entender na sequência que a sua intenção é buscar um acordo de paz diretamente com Vladimir Putin, o presidente russo.
“Não estou falando de reuniões técnicas, mas de reuniões entre líderes. Eu acredito que Israel pode ser o lugar ideal, especialmente Jerusalém. Eu acho que sim, e eu disse isso para o Bennett”, ressaltou Zelensky, citando o primeiro-ministro de Israel. Com informações: Time of Israel.