A imposição da agenda LGBT denunciada anos atrás por parte da liderança cristã brasileira era vista como um exagero por grande parte do segmento evangélico, mas o contexto social atual mostra que o temor de que se instaurasse uma ditadura do pensamento não era infundado. O caso mais recente de militância extremista foi registrado na Universidade Federal de Lavras (MG).
A reitoria da UFLA decidiu que todos os calouros têm a obrigação de assistir palestras sobre o movimento LGBT, que oficialmente são chamdas de “programa de recepção de calouros”, e determinou que os alunos que não comparecerem a essas atividades nos próximos dias 13 a 16 de março, serão expulsos.
“O estudante que deixar de comparecer às atividades de recepção de calouros será automaticamente desvinculado do curso e da Universidade”, diz uma resolução da UFLA publicada no dia 21 de março de 2007, diz em seu Art. 49: § 1°. A medida, estabelecida anos atrás, é agora usada para a difusão dos princípios da militância LGBT.
Segundo informações de agências e portais de notícias, a determinação está sendo questionada na Justiça pela Associação Escola Sem Partido, que moveu uma ação na Justiça para impedir que os alunos sejam expulsos, caso não participem das palestras sobre “Gênero e Sexualidade”, “Gênero e Trabalho”, “Questões de Gênero”, “História das Lutas do Movimento LGBT”, “A Política de Cotas na Universidade Brasileira” e “Controle Social e Garantia de Direitos”.
Os temas, sem exceção, representam bandeiras da militância política de esquerda, e a ausência de palestras sobre assuntos ligados ao conservadorismo e valores políticos e econômicos da direita, expõe a ditadura do pensamento denunciada anos atrás, e desqualificada por muitos formadores de opinião.
O argumento da Associação Escola Sem Partido na ação judicial protocolada em Brasília é que a imposição representa um critério além do estabelecido legalmente, que é o vestibular, e se torna, na prática, um abuso da UFLA contra a liberdade de pensamento. “Não é possível deixar de reconhecer aos calouros da UFLA o direito à objeção de consciência relativamente à participação nas oficinas”, diz um trecho da ação.