Um dos mais famosos influenciadores digitais do país, o pastor Yago Martins veio a público tecer críticas ao que classificou como “baixaria persecutória” contra veículos de imprensa ligados à direita no Brasil, como a emissora de rádio e TV Jovem Pan.
Desde a noite da última terça-feira, passou a circular nas redes sociais a informação de que a Jovem Pan estaria “sob censura” em decorrência de decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), órgão comandado pelo ministro Alexandre de Moraes, atualmente.
Nesta quarta-feira (19), uma nota foi emitida pela empresa, onde a mesma confirma a informação. De acordo com o comunicado, o TSE, “ao arrepio do princípio democrático de liberdade de imprensa, da previsão expressa na Constituição de impossibilidade de censura e da livre atividade de imprensa, bem como da decisão do Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADPF 130, que, igualmente proíbe qualquer forma de censura e obstáculo para a atividade jornalística, determinou que alguns fatos não sejam tratados pela Jovem Pan e seus profissionais, seja de modo informativo ou crítico.”
“Não há outra forma de encarar a questão: a Jovem Pan está, desde a segunda-feira, 17, sob censura instituída pelo Tribunal Superior Eleitoral”, diz o texto divulgado no site oficial da emissora.
Sem citar diretamente a emissora, Yago Martins disse que prefere “um mundo cheio de fakenews e notícia manipulada que cinco burocratas em Brasília decidindo o que é verdade ou mentira [sic]”, no que parece uma sinalização de apoio à reeleição do atual presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL).
Em outra postagem, dessa vez em referência à empresa de streaming Brasil Paralelo, Yago Martins também fez uma crítica direta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O pastor questionou o fato do órgão também estar sendo vítima de uma decisão de censura por parte do TSE.
“Vocês, fãs do lula, eleitores dedicados, como explicam esta baixaria persecutória?”, criticou Margins. A crítica faz alusão a uma decisão proferida pelo ministro Benedito Gonçalves, que determinou a suspensão do lançamento de um documentário da Brasil Paralelo intitulado “Quem Mandou Matar Jair Bolsonaro?”, o qual seria lançado no próximo dia 24 (segunda-feira).
Além da suspensão do lançamento do documentário, Gonçalves também determinou a desmonetização dos canais da Brasil Paralelo e a intimação do filho do presidente da República, Carlos Bolsonaro, por suposta articulação em uma rede “desinformacional”.
Deputados reagem
Nesta quarta-feira, o deputado federal Marcel Van Hattem reagiu às recentes decisões do TSE. Além dele, o também deputado Paulo Eduardo Martins criticou o que classificaram como “censura” instalada no Brasil, em plena disputa eleitoral.
“O Brasil está sob censura! O TSE está atuando como um Tribunal CENSOR Eleitoral, decidindo o que se pode ou não se pode dizer. Lula foi condenado por corrupção, cumpriu pena por quase dois anos e só foi solto porque o STF anulou de forma vergonhosa seu processo”, criticou Hattem. Assista:
O Brasil está sob censura! O TSE está atuando como um Tribunal CENSOR Eleitoral, decidindo o que se pode ou não se pode dizer. Lula foi condenado por corrupção, cumpriu pena por quase dois anos e só foi solto porque o STF anulou de forma vergonhosa seu processo. pic.twitter.com/H6gi0waJxT
— Marcel van Hattem (@marcelvanhattem) October 19, 2022