A situação do pastor americano Saeed Abedini, preso no Irã desde setembro de 2012, se tornou ainda mais complicada na última semana, quando teve negada pelas autoridades iranianas uma cirurgia considerada urgente e delicada. Removido do hospital onde estava recebendo tratamento, o pastor foi levado de volta à prisão, onde permanece acorrentado.
Abedini havia sido transferido para o hospital há mais de uma semana. Ele estava recebendo tratamento médico e passaria por uma cirurgia para acabar com a dor crônica, que sofre devido aos espancamentos em que foi submetido na prisão. Porém os médicos se recusaram a tratá-lo, e pediram para que ele fosse levado de volta à prisão.
– Guardas iranianos atacaram violentamente o Pastor Saeed e um parente idoso que tinha sido autorizado a visita-lo no hospital. Pastor Saeed foi preso e algemado. Seu parente idoso foi maltratado e expulso do hospital – relatou o Centro Americano de Direito e Justiça (ACLJ), que representa a mulher de Abedini e seus dois filhos, nos EUA.
Guardas afirmam que devido a uma ordem judicial o religioso não poderá receber visitas e que também deve permanecer algemado o tempo todo. O pastor foi preso acusado de colocar em risco a segurança nacional, e foi condenado a oito anos de prisão.
O ACLJ afirma que fato ocorrido com o pastor é suspeito, ressaltando que ele recebeu uma visita no hospital quando a Alta Representante da União Europeia, Catherine Ashton, chegou ao Irã. Porém, assim que Ashton partiu do país islâmico, Abedini foi enviado de volta para a prisão sem receber o tratamento que ele precisava.
– Essa virada perturbadora de eventos reitera a necessidade de manter a pressão sobre o Irã. Assim que cedermos à pressão, a situação ficará pior. O Irã não deve ser autorizado a continuar a abusar e maltratar o Pastor Saeed fora dos holofotes públicos. O governo iraniano injustamente o aprisiona e nega-lhe cuidados médicos necessários, porque ele é um cristão. Cada dia longe da família e longe da atenção dos médicos é outro abuso dos direitos humano – afirma a organização.
O ACLJ destacou ainda que seus representantes irão se reunir com líderes mundiais na sede das Nações Unidas em Genebra para buscar a liberação do pregador.
Por Dan Martins, para o Gospel+